O projeto de extensão da Linha 4-Amarela até Taboão da Serra deverá contemplar duas estações num traçado de aproximadamente 3,2 km, com previsão de ser entregue em 2028. O cronograma estabelece que ao longo de cinco anos devem ser desenvolvidos os projetos, obras e abertura das estações.
Em 2023 foi realizado o desenvolvimento inicial do projeto pré-executivo. Em 2024 foi elaborado o relatório ambiental, sendo prevista também a obtenção da licença prévia e licença de instalação. As desapropriações e início das obras devem ocorrer entre o final de 2024 e o começo de 2025. A construção das estações deverá perdurar até o primeiro semestre de 2028. Ao final será emitida a Licença de Operação e o início da prestação dos serviços.
O projeto de extensão da Linha 4-Amarela prevê a contratação de 3.680 colaboradores, sendo 921 deles diretos e 2759 indiretos. Esse contingente será empregado nos projetos, controle e execução das atividades de construção das estações, VSEs e túneis.
A estimativa de investimento para a extensão da Linha 4 até Taboão da Serra é da ordem de R$ 3,4 bilhões. Deste custo, R$ 2,95 bilhões serão empregados diretamente nas obras, enquanto R$ 205 milhões serão destinados para as desapropriações.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assinou em junho deste ano o Termo Aditivo de elaboração dos estudos de viabilidade e dos projetos executivos da extensão da Linha 4-Amarela, em Taboão da Serra, primeiro município da região metropolitana a ter um ramal metroviário. O projeto vai beneficiar cerca de 100 mil passageiros por dia.
“É um passo importante que damos com a celebração de mais um compromisso de expansão do metrô, levar o serviço para fora da cidade de São Paulo e atender a região metropolitana. Vamos interligar outras linhas para a população poder acessar a Linha 9 de trens e as Linhas 1, 2 e 3 de metrô. O sistema vai ficando mais interligado e, quanto mais interligação, mais passageiros a gente traz para o sistema. Isso é fundamental para a mobilidade urbana em um sistema de alta capacidade muito mais eficiente”, afirmou Tarcísio.
A cerimônia de assinatura também contou com a presença do secretário executivo de Parcerias em Investimentos, André Isper, e do secretário de Transportes Metropolitanos, Marco Antonio Assalve, além de deputados, prefeitos, vereadores e diretores do Grupo CCR, controlador da concessionária ViaQuatro.
O ramal será ampliado em 3,3km e com duas novas estações, Chácara do Jockey e Taboão da Serra. Além disso, será a primeira linha metroviária a sair dos limites da cidade de São Paulo.
O tempo previsto de viagem é de 55 minutos e haverá integração com os terminais de ônibus nas estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Butantã e outros da região. A implementação deve aliviar o trânsito nas rodovias Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Atualmente, a Linha 4-Amarela possui 12,8 km de extensão com 11 estações. Com a ampliação, serão 16,1 km e 13 estações.
Estudo de viabilidade
A concessionária é responsável por realizar os estudos iniciais para a expansão da linha 4-Amarela até Taboão da Serra. Isso trará expressiva redução no tempo necessário para o início da implantação do futuro empreendimento, além da futura alocação mais eficiente dos riscos relacionados à qualidade e ao prazo de execução do projeto. Serão realizados o projeto executivo completo, o estudo de licenciamento ambiental, de demanda e de utilização de áreas públicas e privadas.
Convênio
O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos, já havia assinado um convênio com a prefeitura de Taboão da Serra que organiza a responsabilidade de cada um no projeto. A cidade deu permissão de acesso às áreas necessárias para a realização das obras, enquanto para o estado fica a responsabilidade conduzir, diretamente ou por meio de terceiros, a elaboração de todos os projetos e a execução de todas as obras e ações necessárias à implantação do empreendimento, assim como licenciamento sob o aspecto urbanístico e ambiental.
Histórico
A Linha 4-Amarela de metrô iniciou sua operação em outubro de 2010, com a inauguração das estações Paulista e Faria Lima pelo Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a ViaQuatro. Uma média de 670 mil passageiros utilizam o transporte diariamente, nos 12,8 km de extensão em operação e 11 estações, ligando a região Luz, no centro de São Paulo, ao bairro de Vila Sônia, na zona oeste.
As estações são Vila Sônia Profa. Elisabeth Tenreiro; São Paulo-Morumbi;- Butantã;- Pinheiros;- Faria Lima;- Fradique Coutinho;- Oscar Freire;- Paulista Pernambucana;- Higienópolis-Mackenzie;- República; e Luz.
Fabricados na Coreia, os trens da Linha 4-Amarela são fornecidos pela Hyundai Rotem, não possuem condutor, o que torna o modo de operação driverless, sendo o primeiro da América Latina a operar nesta modalidade. Possui “gangways” nas ligações entre carros líderes 1 e 6, o cliente tem a experiência de enxergar a via como se fosse um condutor de trem. Equipados com o que há de mais moderno, oferecem alto nível de conforto aos passageiros, como ar-condicionado em todos os trens, passagem livre entre carros, baixo nível de ruído e comunicação direta com o CCO, considerado o cérebro da operação.
Na Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo, essa automação é alcançada por meio de um sistema chamado CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação) que além do controle computadorizado também monitora e gerencia todas as funções essenciais do trem. O sistema CBTC implantado na ViaQuatro é o GoA 4 (Grade of Automation)– o nível mais elevado de automatização, permitindo uma operação 100% driverless, com supervisão permanente de todos os sistemas vitais para a operação, que em caso de falha em algum desses sistemas vitais o próprio sistema implanta uma condição segura, chamada de falha segura, parando os trens até a resolução da falha.
Isso é possível através de diversos dispositivos que estão instalados nos trens e via, que coletam dados em tempo real, verificando as condições da via, posição relativa dos outros trens entre outras informações. Essas informações são processadas por algoritmos avançados permitindo um controle preciso da aceleração, frenagem, portas e outros aspectos operacionais do trem. Hoje, a ViaQuatro conta com mais de 900 colaboradores envolvidos na estrutura que mantém a operação e manutenção da linha.
Nas estações, divisórias de vidro separam a plataforma dos trilhos e levam mais segurança aos usuários. As portas do trem se abrem em conjunto com as de plataforma e o veículo para exatamente no ponto de embarque e desembarque dos usuários. Esse sistema contribui de maneira expressiva para a diminuição de acidentes, evita a queda de objetos na via e interrupções na oferta de viagens.
As limpezas dos trens ocorrem no pátio Vila Sônia diariamente, onde são realizadas limpezas internas leves e profundas, durante o dia e nas madrugadas, além disso diariamente são realizadas limpezas externas nos trens com a utilização da máquina de lavagem de trens. Quando o veículo está em circulação na operação comercial, os trabalhos ficam por conta da equipe de varrição, para manter a conservação da limpeza dos trens. Aos finais de semana são realizadas também no pátio Vila Sonia, limpezas de bancos (estofados) dos trens e limpeza de teto e gangways.
Trens
O sistema automático dos trens é considerado extremamente seguro, adotado em linhas de metrô de todo o mundo, com a mesma tecnologia e eficiência. Hoje, é tendência mundial. Em Paris e em Nuremberg (Alemanha), os sistemas com operador dentro do trem estão sendo substituídos por sistemas sem operador. Linhas novas como as de Dubai, Barcelona, Cingapura, e Kopenhagen, por exemplo, são todas com o sistema driverless. A Linha 4-Amarela opera com sistema igual ao da Linha 14 de Paris, que está em operação desde 1998, só que mais moderno.
A ViaQuatro é a primeira e até agora única operadora metroferroviária brasileira a obter um certificado de segurança emitido pelo agente certificador internacional, que é a TÜV, da Alemanha.
São trens de última geração, que oferecem total segurança e podem transportar com conforto 1.500 passageiros por viagem:
- Passagem livre entre os carros
- Comunicação direta com o Centro de Controle Operacional (CCO)
- Câmeras de segurança em cada carro monitoradas pelo CCO
- Baixo nível de ruído
- Ar-condicionado
- Acessibilidade plena
- Portas frontais de emergência
- Sistema de iluminação com eficiência energética}
CCO
O Centro de Controle Operacional é o cérebro da operação automática e uma das ferramentas mais importantes para a ViaQuatro realizar um atendimento ágil e de qualidade.
Nos trens da Linha 4-Amarela, o controle é feito de modo remoto direto do CCO, localizado no Pátio Vila Sônia. Por meio de uma tela com 13 metros de comprimento e cerca de 3 metros de altura, é possível acompanhar o movimento em toda a extensão da linha, o interior dos trens, as estações, o pátio de manobra e a manutenção.
Por esse moderno sistema é possível programar a velocidade dos trens, o número de viagens, o tempo de abertura das portas da plataforma e do trem, incluir mais veículos na linha, quando necessário, para atender à demanda dos usuários, entre outras funcionalidades.
Circuito de TV
Vinte e seis câmeras de monitoramento em cada trem e aproximadamente 300 nas estações, ligadas diretamente ao Centro de Controle Operacional (CCO). Esse moderno sistema garante a segurança dos usuários da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. Ao menor sinal de ocorrências, o CCO aciona as equipes de atendimento, que entram em ação para solucionar rapidamente o problema.
Portas de plataforma
A Linha 4-Amarela foi a primeira na América Latina a entrar em funcionamento com divisórias de vidro separando a plataforma dos trilhos, as chamadas portas de plataforma em todas as suas estações.
As portas de plataforma impedem o acesso dos usuários aos trilhos, evitam quedas de objetos na via e outros acidentes. Elas se abrem juntamente com as do trem, que estaciona no ponto exato da entrada e saída dos usuários. A tecnologia já é utilizada nos metrôs mais modernos do mundo, como Tóquio, Hong Kong, Cingapura, Seul, Barcelona e Paris, e irá contribuir de maneira expressiva para a diminuição de acidentes e interrupções no transporte metroviário de São Paulo.
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