Maior operadora aeroportuária no Brasil e no mundo, a Aena apresentou o projeto para a ampliação e modernização do Aeroporto de Congonhas. Ao todo, a companhia investe R$ 4,5 bilhões no bloco SP/MS/PA/MG, conquistado no leilão da sétima rodada de concessões. Mais de R$ 2 bilhões serão aplicados no aeródromo da capital paulista, que vai ganhar um novo terminal de passageiros com mais que o dobro do tamanho atual, novas pontes de embarque e diversas melhorias para a eficiência operacional. Passará a dispor também de 20 mil m² para áreas comerciais. Com as obras, São Paulo terá um aeroporto mais confortável, seguro, ecológico e com muito mais espaço no embarque e no desembarque.
A ampliação das áreas operacionais, somada ao uso equipamentos, tecnologias e sistemas mais modernos, torna possível o acréscimo da capacidade do aeroporto sem o aumento do número de pousos e decolagens. Depois de implementadas as melhorias, com todos os pontos de parada de aeronaves preparados para receber aviões de maior capacidade, como o Airbus A321neo, Congonhas poderá movimentar até 29,5 milhões de passageiros ao ano.
“O Aeroporto de Congonhas é um patrimônio da cidade de São Paulo e do Brasil, com um papel importante para a conexão de toda a malha aérea nacional. Agora, vai passar por grandes alterações, tornando-se mais eficiente e oferecendo muito mais espaço e conforto aos passageiros”, afirmou Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil.
As obras para o novo terminal de passageiros começam ainda em 2024, com a conclusão prevista até junho de 2028. O terminal vai dobrar de tamanho, chegando a 105 mil m². Todo o projeto contempla a preservação, revitalização e integração das áreas tombadas pelo Patrimônio Histórico ao novo terminal. A área nova será utilizada para o embarque dos passageiros, enquanto o terminal atual será destinado ao desembarque. O nome da empresa de engenharia que será contratada ainda não está definido.
Com a ampliação, Congonhas ganha também mais espaço comercial, com uma oferta aprimorada de serviços aos passageiros, que inclui mix de lojas renovado, novas salas VIP com muito mais conforto, além de locais para escritórios e salas empresariais.
O terminal de embarque terá um novo salão de check-in com 72 posições amplas e acessíveis, podendo chegar a 108, e novo píer com 36 m de largura e 330 m de comprimento. Serão 19 novas pontes de embarque, em substituição às 12 atuais, garantindo 70% ou mais dos embarques diretos às aeronaves. Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto, dando novo uso ao hangar tombado, 13 leitores automáticos de cartão de embarque e aumento de 10 para até 17 canais de inspeção. O projeto prevê ainda portões de embarque reversíveis, capazes de acomodar voos internacionais de acordo com a demanda das companhias aéreas.
No desembarque, os passageiros também vão ter mais conforto. Será instalado um novo sistema de processamento de bagagens, mais rápido e inteligente, com 10 carrosséis (são três atualmente), além do aumento de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem, totalizando 228 m de extensão.
A eficiência operacional também será aprimorada com as obras. Com um novo pátio de 215 mil m² para a aviação comercial, haverá aumento de 30 para 37 posições de parada de aeronaves, sendo 19 nas pontes e 18 remotas, com afastamentos adequados, 100% conforme as normas internacionais e pronto para receber o Airbus A321 em todas as posições. Além disso, pistas e pátios receberão reforço estrutural, além da construção de novas pistas de rolagem, nova via de serviço para a aviação geral e uma saída rápida quando operando pela cabeceira 35L.
Para melhorar a circulação viária e reduzir o trânsito no acesso ao aeroporto de Congonhas, a Aena irá criar um bolsão para carros de aplicativos e de locadoras e uma nova praça pick-up com 72 vagas para embarque em carros de aplicativos. A área de meio-fio terá um incremento de 250 m para embarque e desembarque dos passageiros e haverá um acesso direto à futura estação de metrô da linha Ouro.
A segurança das operações será reforçada com o afastamento maior entre aeronaves e pistas, dentro da norma internacional, redução da circulação viária interna, com mais pontes de embarque e oferta de serviços nas posições de parada, além de novas áreas de escape (RESAs) na pista auxiliar e adequação de sinalização e balizamento.
Na questão da sustentabilidade, Congonhas contará com uma nova subestação elétrica, com mais equipamentos elétricos e uso de energia limpa, redução do uso de combustíveis fósseis, com serviços de energia e ar-condicionado para aeronaves nas pontes e diminuindo emissão de CO2. Haverá também uma nova central de resíduos sólidos e estação de tratamento de água e reuso, distribuição de combustível por dutos, evitando uso de caminhões, e ar-condicionado eficiente e mais iluminação natural.
Ações realizadas e previstas
Entre os projetos a serem implementados ainda em 2024, estão o reordenamento das vias e meios-fios, implantação de bolsão para carros de aplicativo e praça pick-up para embarque de passageiros, retrofit do sistema de ar-condicionado do terminal atual, reforma dos banheiros, reordenamento e ampliação do raio-x, revitalização da fachada e ampliação da sala de embarque remoto.
Nos primeiros cinco meses de administração em Congonhas, a Aena realizou: a revitalização dos ônibus e ambulifts, recapeamento asfáltico nas ruas de acesso ao aeroporto, revitalização das esteiras de bagagem, aumento de pontos de energia no terminal (tomadas) e oferta de assentos na sala de embarque. Além disso, a companhia promoveu o reforço das equipes de limpeza e de segurança, reforço de equipe e antecipação do horário de abertura do raio-x e limpeza e higienização do sistema de climatização.
Bloco SP/MS/PA/MG
Segundo a Aena, os aeroportos dos estados de Mato Grosso do Sul, Pará e Minas Gerais que compõem o Bloco SP/MS/PA/MG terão aumento da capacidade operacional, com ampliação da área construída dos terminais de passageiros, requalificação das pistas, implantação de faixas de segurança e de áreas de escape nas cabeceiras. Além disso, de acordo com as necessidades de cada aeródromo, haverá nova habilitação de aproximação de aeronaves e outros recursos para reforçar pousos e decolagens. Também estão previstas intervenções nos pátios, com novas posições para estacionamento de aeronaves, quando necessário.
De acordo com a companhia, em todo o bloco SP/MS/PA/MG, serão investidos o total de R$ 4,5 bilhões, sendo mais de R$ 2 bilhões no aeroporto de São Paulo, que irá dobrar o tamanho do atual terminal de passageiros.
Com novo pátio de aeronaves de 215 mil m² e 19 pontes de embarque, o aeródromo ganhará mais eficiência operacional. O projeto prevê integrar um aeroporto com capacidade operacional para 29,5 milhões de passageiros por ano. Além disso, cerca de 20 mil m² serão destinados a espaços comerciais, ampliando a oferta de lojas, salas VIP, áreas para escritórios e salas empresariais.
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