Dragagem ambiental para recuperar o Complexo Lagunar de Jacarepaguá, no Rio

Dragagem ambiental para recuperar o Complexo Lagunar de Jacarepaguá, no Rio

Uma obra esperada há mais de uma década. Essa é a repercussão da dragagem do Complexo Lagunar de Jacarepaguá. O objetivo é incrementar a troca hídrica entre o mar e as lagoas, que há décadas sofrem com o despejo de matéria orgânica e lixo. Executada pela Dratec Engenharia, o projeto é contratado pela Iguá Saneamento, empresa que atende 18 bairros da Zona Oeste carioca, que investirá R$ 250 milhões.

Os trabalhos têm duração de 36 meses, tempo necessário para a dragagem de 2,3 milhões metros cúbicos de sedimentos. No pico da obra, serão sete frente de trabalhos simultâneos com mais de 25 equipamentos mobilizados, entre backhoes (escavadeiras montadas sobre balsas), dragas de sucção e recalque e escavadeiras anfíbias, entre outros.

Todas as dragas possuem sistema de posicionamento de precisão submétrica via satélite. Os dados gerados pelas embarcações e imagens de câmeras de vídeo são enviados em tempo real para o centro de controle da Dratec Engenharia, no canteiro de obras.

“A Dratec Engenharia implantou nesse projeto o que há de mais avançado em tecnologia para garantir maior precisão no trabalho de campo e no acompanhamento das atividades pelos nossos clientes e órgãos de fiscalização”, comenta Flavia Batalha, Diretora Operacional da Dratec Engenharia. “A dragagem ambiental irá contribuir para a revitalização de uma área muito importante para a cidade, que é o Complexo Lagunar de Jacarepaguá”.

O material dragado será depositado principalmente em cavas das lagoas de Jacarepaguá e Tijuca. Essas cavidades, que têm cerca de 13 metros de profundidade, foram criadas durante a expansão imobiliária da região. Atualmente, são passivos ambientais que dificultam o fluxo de água e acumulam material orgânico, que entra em processo de decomposição e causa, entre outros problemas, como mau cheiro no local.

Outra parte do material dragado será aproveitado para implantar três áreas de manguezal, sob a consultoria do biólogo Mario Moscatelli. Além de contribuir para a captura de carbono, combatendo o aquecimento global, essa vegetação consegue diminuir o assoreamento das margens e diminuir a velocidade das cheias, dentro do conceito atualmente conhecido como cidades-esponja.

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