Augusto Diniz – Itaquaquecetuba (SP)
A Segurvia vem oferecendo barreiras pré-moldadas de segurança rodoviária, em substituição às barreiras rígidas concretadas in loco e outros sistemas utilizados nas estradas. O diferencial do produto é a qualidade e a flexibilidade. Em uma colisão, a barreira absorve o impacto e acompanha o veículo no seu redirecionamento, diminuindo as forças de atrito e a energia cinética (composta de massa mais velocidade), reduzindo, por consequência, o impacto para os ocupantes do veículo na ocorrência.
O material tem certificação europeia (Ministério de Transporte e Infraestrutura da Itália) e já foi amplamente testado por lá em situações de colisão com motos, carros, caminhões e ônibus (crash test).
“Na colisão, a barreira é capaz de absorver impacto e ainda levar o veículo de volta à pista de rolamento, sem deformá-la”, explica Eduardo di Gregorio, diretor comercial da empresa. O engenheiro acrescenta que uma barreira desse tipo pode ainda durar até 50 anos.
Os módulos não são fixados na pista (ao contrário dos outros sistemas de segurança), o que dá flexibilidade à barreira em caso de colisão ou ainda quando há necessidade de remoção – somente em pontes e viadutos é que o material é pinado no pavimento; as barreiras para borda de ponte possuem base simples, enquanto as de eixo central e borda de rodovia possuem base dupla.
A barreira pré-fabricada da Segurvia tem tamanho-padrão de 1 m de altura (as moldadas in loco possuem 80 cm), com 6,20 m de comprimento e 3,5 t de peso. Uma barra de aço rosqueada de 28 mm de diâmetro, embutida no concreto da barreira, se interliga ao outro módulo igual por meio de uma luva de rosca inversa, na sua parte superior. Já a parte inferior é interligada por meio de duas placas de aço, uma de cada lado, fixadas através de parafusos de rosca que atravessam a peça. Cada módulo possui quatro passagens de água para drenagem da via.
Fabricação
“Trata-se de um sistema de segurança de alta tecnologia devido ao constante aperfeiçoamento“, diz Eduardo. “Além do sistema de ligação, ela utiliza um concreto de FCK 45 Mpa, muito mais resistente em relação ao muro fabricado in loco“. Ele cita ainda outros sistemas de segurança utilizados nas rodovias como tendo menor capacidade de dar segurança ao usuário das estradas, por sua fragilidade e deformação, em relação às barreiras de concreto pré–fabricadas.
O engenheiro civil Rodrigo Pinheiro, atualmente responsável pela fábrica de barreiras pré-fabricadas da Segurvia, localizada em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, conta que a empresa tem licença exclusiva para fabricar no Brasil o material por ser representante da Abesca Europe – que é a titular dos certificados de homologações emitidos pelo Ministério de Transporte italiano.
A Segurvia foi criada em 2010 e possui escritórios em São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). A planta industrial de Itaquaquecetuba tem 6 mil m² e fica estrategicamente localizada ao lado de uma usina de concreto, que fornece o material para fabricação das barreiras.
“Podemos entregar as barreiras pré-fabricadas até cerca de 600 km, a partir de nossa fábrica. Mais longe que isso, dependendo da quantidade. Podemos utilizar a fábrica itinerante, levando os moldes e equipamentos especializados até o local em que serão implementadas as barreiras pré-fabricadas, e lá produzi-las”, explica Rodrigo.
A fábrica produz dois modelos de barreiras: SEGUR ET 100 (para eixos centrais e bordas de rodovias) e SEGUR BP NJ 100 (para bordas de pontes e viadutos). Hoje a unidade tem 40 formas para execução das barreiras. A capacidade de produção da unidade é de 240 m/dia de barreira. A produção da armação de aço CA 50 é terceirizada, conforme rigoroso controle de qualidade.
A Segurvia já tem mais de 200 km de defensa aplicada em rodovias no País, como BR-277/PR, Imigrantes (SP-160), Tamoios (SP-099), Ayrton Senna (SP-070), BR-116/RS–SP, Anhanguera (SP-330) e Rodovia Raposo Tavares (SP-270).
Fonte: Revista O Empreiteiro
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