“Aumentar a competitividade do setor de compósitos, dar condições para que as empresas realizem seus planos de investimento e, em decorrência, gerem mais empregos” são os principais objetivos do Programa Investindo no Brasil, que a Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (Almaco) apresentará (dia 27) a Márcio Holland de Brito, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Também participará da audiência o presidente do Sindicato da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), José Antonio Fernandes Martins.

“Quanto mais competitiva for a indústria de compósitos, mais condições o governo terá de cumprir as suas metas de infraestrutura”, afirma Gilmar Lima, presidente da Almaco (foto). Resultantes da combinação entre polímeros e reforços – fibras de vidro, por exemplo – os compósitos estão presentes em milhares de aplicações, como tubos, postes, casas, pás eólicas, ônibus e aviões.

Lima explica que a audiência em Brasília servirá para alertar o governo sobre a falta de isonomia tributária entre os compósitos e os outros materiais. “Pleitearemos o mesmo regime especial de tributação que incide sobre as demais matérias-primas consumidas pelas indústrias de construção civil, saneamento, distribuição de energia elétrica, geração de energia eólica e automotiva”.

O presidente da Almaco também ressalta a importância da revisão das alíquotas do PIS, Pasep e Cofins incidentes sobre o fornecimento e distribuição de energia elétrica e gás natural usados como insumos para a fabricação dos compósitos. “Solicitaremos ainda a desoneração da folha de pagamento e a criação de mecanismos que facilitem o nosso acesso a linhas de crédito governamentais, assim como acontece com outros setores”, observa.

100% nacional

Ano passado, as empresas representadas pela Almaco empregaram 75 mil pessoas e produziram 210.000 toneladas de compósitos, o que correspondeu a um faturamento de R$ 2,852 bilhões.

A construção civil liderou o consumo, com 45% do total transformado, à frente de transporte (18%), corrosão (12%) e saneamento (7%). “A nossa cadeia produtiva é autossuficiente, formada por empresas 100% nacionais ou por companhias que mantêm fábricas no país.

Portanto, todos os investimentos são feitos sempre localmente”, completa Lima.