2022 é um ano marcado por diversas ações voltadas à preservação do nosso meio-ambiente: após uma espera de anos, foi aprovado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), houve criação dos créditos de reciclagem (e a derrubada de vetos presidenciais, que excluía da lei a possibilidade do contribuinte deduzir do Imposto de Renda os valores direcionados a projetos de reciclagem aprovados pelo Ministério do Meio Ambiente), além da criação do Conexão Circular, nova iniciativa do Pacto Global da ONU no Brasil para aumentar a economia circular.

Empresas como o Grupo Maeda Recicla, que faz o pré-beneficiamento de materiais como papelão, alumínio, ferro, metais nobres e irá inaugurar sua operação de plástico em janeiro de 2023, são importantes para o processo, pois ajudam a aumentar o número de materiais que não irão parar em lixões ou aterros sanitários. “O Planares mostra que a reciclagem é um de seus pontos prioritários e um dos grandes desafios para se atingir essas metas é a desigualdade da coleta seletiva Brasil afora”, afirma Leonardo Maeda, CEO do Grupo Maeda Recicla. “Além disso, o plano informa que a meta é que, já em 2024, 14% de todo o lixo produzido no Brasil sejam reciclados e que, em 2040, o índice chegue a quase metade de todos os resíduos produzidos e pra isso precisamos melhorar muito, pois ainda hoje o Brasil só recicla somente cerca de 2% do total de lixo produzido”, completa.

A cada tonelada de papel e papelão reciclado, cerca de vinte árvores têm suas vidas poupadas. Esse número já é suficiente para se ter uma ideia dos benefícios que a coleta e o descarte apropriado podem ter na natureza.

Dados da WWF apontam, por exemplo, que a reciclagem de 1 tonelada de aço economiza 1.140 Kg de minério de ferro, 155 Kg de carvão e 18 Kg de cal; já na reciclagem de 1 tonelada de alumínio economiza-se 95% de energia (são 17.600 kwh para fabricar alumínio a partir de matéria-prima virgem, contra 750 kwh a partir de alumínio reciclado) e 5 toneladas de bauxita, 

Outra vantagem é poder alinhar e coordenar a coleta com um único agente que recolha os diversos materiais, do contrário ela precisa recorrer a um fornecedor distinto para cada um” afirma o empresário. A empresa compra resíduos, principalmente, grandes produtores industriais e faz toda a logística para entregar o material já pré-processado de volta à indústria de base, como siderúrgicas e produtoras de celulose.

Mensalmente, já são cerca de 800 toneladas de resíduos, vindos de 54 empresas diferentes, alimentando este ciclo e a meta do Grupo Maeda Recicla é atingir cinco mil toneladas até 2024. Para isso, a empresa dispõe de três unidades contando com compactadores específicos para cada tipo de material e uma frota de caminhões para o transporte desde a coleta até a entrega final. Só em maio de 2022, o Grupo Maeda Recicla, comprou mais de 200 toneladas de ferro, aproximadamente 150 toneladas de papelão e 12 toneladas de alumínio.