Qualidados Engenharia lançou mão da Inteligência Artificial (IA) para viabilizar a otimização e automatização do setor de engenharia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), do Hospital da Unicamp, em Campinas (SP), que tinha três grandes pilares – Engenharia Clínica, Projetos e Obras e Manutenção Hospitalar. A implantação no subsetor de Projetos e Obras, que trata dos projetos de expansão e da reforma de ambientes do hospital, foi a escolhida para ser representada no InovaInfra 2024.

De acordo com a empresa, ao ser aplicada no planejamento e acompanhamento de obras e reformas do hospital, a solução Qualidados Gênesis IA viabilizou a otimização do setor de engenharia do Caism, melhorando entre 60% e 70% o gerenciamento, rastreamento e o monitoramento das informações, além de facilitar a tomada de decisões mais assertivas baseadas em dados. Formado por um conjunto de oito prédios, que totalizam cerca de 15 mil m² de área construída, o Caism é considerado a maior unidade hospitalar de atenção à saúde da mulher do interior paulista.

O hospital dispõe de 134 leitos distribuídos entre as subespecialidades da Obstetrícia, Neonatologia, Ginecologia, Oncologia Ginecológica e Mastologia, por onde já passaram mais de 1,5 milhão de pacientes. Caism possui um quadro de pessoal com cerca de 1.200 funcionários e atende uma média de 250 partos e 7.000 consultas ambulatoriais por mês, entre outros procedimentos. Segundo a Qualidados, a falta de controle por meio de um sistema inteligente no setor de engenharia do Caism impactava negativamente no desperdício de papel e de tempo de processamento das informações, além do extravio de documentos.

O desafio do subsetor de Projetos e Obras do Caism estava ligado ao gerenciamento dos projetos e obras por meio de um sistema inteligente, tendo em vista que ele era feito via planilha de Excel e uma base de dados gerada no Access, o que impactava de forma negativa no processamento, no rastreamento e no monitoramento das informações, no extravio de documentos, além do desperdício de papel. A partir da implantação da solução de IA da projetista, os formulários foram digitalizados, diminuindo o extravio de documentos e o uso de papel nos processos da área de Engenharia.

Além disso, foi feita uma automação nos processos do setor, ou seja, assim que uma solicitação de projeto ou de uma obra entrava no sistema, o formulário passava a ser automaticamente convertido em uma ordem de serviço de análise técnica, dando seguimento ao processo de análise da viabilidade da solicitação dentro das normativas que regem o hospital, dos fluxos e dentro do orçamento disponível. Com o novo modelo tornou-se possível a realização do acompanhamento da quantidade de solicitações de reformas e ou adequações de ambientes feitas pelos usuários, bem como de quantas dessas solicitações seguiam para a fase de projetos e execução após aprovação da administração do hospital e de quantas ficavam paradas por falta de viabilidade econômica ou por restrições técnicas para sua execução Antes da implantação do Gênesis IA, o setor de Engenharia do Caism ficava sem informações sobre a fase em que o processo se encontrava, tendo em vista que existem várias etapas que antecedem a fase de licitação. Com as indicações de trâmite fornecidas pelo novo sistema, foi possível indicar com maior exatidão o tempo em que o processo permanecia em cada uma das fases que antecedem a licitação, gerando maior eficiência nos prazos de entrega e na alocação de recursos para execução.

Com as novidades, os apontamentos que antes eram feitos nos diários de obra físicos passaram a ser digitais e auxiliados por IA. Conseguiu-se, assim, otimizar o tempo de análise da evolução das fases da obra e das intercorrências identificadas durante a execução das atividades pré-programadas, gerando maior assertividade nos prazos para entrega de material e alocação de mão de obra. Ainda na parte de gerenciamento das demandas do setor de projeto de obras criou- -se uma métrica para a classificação das solicitações por prioridades, como baixa, média e alta.

O Gênesis IA atua fazendo a comunicação por multicanais como WhatsApp, Telegram, entre outros. Tudo que era feito em papel foi digitalizado e centralizado no sistema, o que, segundo a empresa, melhorou em até 70% o gerenciamento, rastreamento e o monitoramento das informações. Por meio da IA foi possível contar com Gestão dos Ativos, Sistemas de Controle de Manutenção, Rastreabilidade com QR Code e Internet das Coisas (IoT).

O sistema é capaz de se integrar aos mais diversos softwares de gestão corporativos, possibilitando a transferência de informações cadastrais, contábeis, financeiras e patrimoniais. De forma geral, ele tem as seguintes características: adaptado para dispositivos móveis (Android / IOS); permite a interação simultânea do usuário; permite a configuração de vários processos de trabalho; processos de gerenciamento e KPIs suportados por IA; API para Integração com ERP; e funciona em seis idiomas.

 Entre outras vantagens, o sistema de IA empregado no hospital apresenta: otimização de processos – gerenciamento de projetos e de obras se tornam mais eficientes; análise de dados avançada – possibilita a análise de grandes volumes de informações, ajudando a identificar tendências, padrões e insights importantes; manutenção preditiva – uso de algoritmos de Machine Learning para analisar dados dos equipamentos utilizados em obras e identificar padrões que indiquem possíveis falhas ou necessidade de manutenção. Isso permite agir proativamente, evitando interrupções inesperadas das obras e garantindo a disponibilidade dos equipamentos; segurança e conformidade – utilizando tecnologias avançadas de criptografia e protocolos de segurança robustos; e colaboração eficiente – viabiliza a colaboração entre profissionais de Engenharia, permitindo o compartilhamento de conhecimentos e melhores práticas.

A implantação da solução Genesis IA permitiu melhorias em termos de gerenciamento, rastreamento e no monitoramento das informações, que passaram a ser feitos em tempo real, de forma centralizada e no meio digital; no extravio de documentos, que passaram a ser gerenciados digitalmente; e no desperdício de papel. Com isso, observou-se também que a tomada de decisão passou a ser mais assertiva e mais ágil.

AUTORES
Marina Leite Vieira Lima
analista de PDI da Qualidados Engenharia
Washington Florencio de Araújo
gerente do PPDI da empresa
Bruno Aliones Assis
coordenador de PDI da empresa
João Galdino
CEO da Gênesis IA