Além de expandir a Malha Norte no MT, Rumo constróitrês terminais na Malha Central (Norte-Sul)

Além de expandir a Malha Norte no MT, Rumo constróitrês terminais na Malha Central (Norte-Sul)

Em todo o mundo, 1,9 bilhões de pessoas usam diariamente as ferrovias, como meio de ir e vir. Não tem como negar que o trans[1]porte, além de ser o terceiro modal mais comum no critério “distância percorrida”, é o meio de locomoção mais comum no mundo, segundo dados da Universitat Mannhenin, na Alemanha.

Para melhorar a competitividade da produção agrícola e industrial e oferecer novas alternativas de transportes aos usuários e operadores logísticos, a Rumo, maior concessionária de ferrovias do País, prevê inaugurar neste ano mais três terminais na Malha Central (Ferrovia Norte-Sul).

“No segundo trimestre, será inaugurado o terminal de açúcar em Iturama (MG), com capacidade de 2,5 milhões de toneladas por ano; no terceiro trimestre, o terminal de fertilizantes em Rio Ver[1]de (GO), com capacidade de 1,5 milhões de toneladas por ano; e no quarto trimestre, vamos iniciar a operação de contêineres no terminal em Anápolis (GO)”, afirmou Beto Abreu, presidente da empresa.

Além disso, as obras de expansão da Malha Norte até Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, também serão iniciadas. A ferrovia já está com os projetos de engenharia e a licença ambiental prévia prontos, segundo o presidente, Beto Abreu. ‘’Estamos aguardando as licenças de instalação para iniciar a construção”, afirmou.

O contrato da obra foi assinado em setembro de 2021, para a construção da primeira ferrovia privada viabilizada por meio de autorização de um Estado brasileiro. Dentro dos limites de Mato Grosso, mais de 700 quilômetros de trilhos vão conectar Cuiabá e os municípios de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, ambos no médio norte, no coração do agronegócio mato-grossense, a Rondonópolis, no sul do estado. Considerando todas as etapas de licenças, projetos e execução das obras, a previsão é que o trecho entre Rondonópolis e o primeiro terminal esteja concluído e em funcionamento no ano de 2025.

A concessionária elaborou 2.500 estudos de traçados para estabelecer a opção mais viável e sustentável, considerando todos os aspectos sociais, econômicos e ambientais. A nova ferrovia vai interligar Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá, com aproximadamente 743 km de extensão ferroviária, passando por 16 municípios. Serão construídas 162 obras de arte especiais, entre pontes, viadutos e passagens inferiores e passagens veiculares. Os principais quantitativos de materiais e serviços estimados no projeto são: terraplenagem 121 MM m³ de escavação, bueiros: 53km, Além de expandir a Malha Norte no MT, Rumo constrói três terminais na Malha Central (Norte-Sul) lastro: 1,8 MM m³, concreto: 1,95 MM m³, trilhos: 115 mil ton dor[1]mentes: 1,4 MM de unidades em concreto para via de bitola larga.

Em 2021, foram inaugurados dois terminais de grãos na ferrovia, que elevaram a participação de mercado da companhia em Goiás, em soja e milho, de 22,4%, no primeiro semestre, para 39,3%, no segundo semestre.

RIO VERDE (GO) TEM SEU MAIOR TERMINAL NA MALHA CENTRAL

A Rumo investiu R$ 390 milhões na construção do Terminal Rodoferroviário de Rio Verde, para operação de grãos e farelo de soja. O trecho de aproximadamente 200 quilômetros de trilhos entre o terminal de Rio Verde e o terminal de São Simão está em fase de comissionamento de operação. A cerimônia contou com a participação do ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, o presidente da Rumo, Beto Abreu, o diretor de regulatório e Institucional da Rumo, Guilherme Penin e uma comitiva de empresários do setor de logística.

De acordo com o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma, a concessionária está atendendo uma expectativa do Sudoeste goiano que teve origem em 1986, quando a região passou a vislumbrar a ferrovia como uma opção logística por conta da Ferrovia Norte-Sul. O investimento está alinhado ao fato da região já despontar como uma importante fronteira agrícola na produção de grãos, farelo de soja e biocombustíveis, como etanol de milho. “A ferrovia é um indutor de desenvolvimento: além de escoar a produção agrícola para o Porto de Santos (SP), e no retorno levará fertilizantes para as fazendas. Na área de líquidos, o plano é descer etanol para Paulínia, interior paulista, e voltar com vagões-tanques carregados com diesel e gasolina”, afirmou Palma. O terminal atenderá qualquer empresa interessada na logística ferroviária e vai operar em regime de pool para cada segmento de produto movimentado, o que reduz custos e eleva a produtividade do transporte.

O TERMINAL

 A eficiência operacional é o principal diferencial da nova unidade. Concebido como um projeto 100% green field, sua engenharia viabilizou processos de recebimento e carregamento de alta capacidade e velocidade. “O terminal de Rio Verde será um dos mais produtivos da companhia em todo o Brasil e mais eficiente desde o recebimento rodoviário até a expedição ferroviária, com capacidade de carregar um trem de 120 vagões em menos de 8 horas”, explicou Pedro Palma. Operando 24 horas por dia e 7 dias por semana, conta com acessos rodoviário e infraestrutura ferroviária, além de armazéns, silos, moegas e estruturas de recebimento rodoviário e carregamento ferroviário com o mais moderno sistema de automação. Nesta fase, a unidade vai movimentar soja, milho e farelo de soja, com uma capacidade projetada de 11 milhões de toneladas por ano, para atendimento de todo o estado de Goiás e o leste do Mato Grosso. Em paralelo, está em curso a obra do terminal de fertilizantes, desenvolvido em parceria com a Andali, e que tem previsão para começar a operar no primeiro semestre de 2022, com uma capacidade de 1,5 milhões de toneladas por ano. Para o carregamento ferroviário, o terminal conta com uma tulha com capacidade para 3 mil toneladas/hora, que permite carregar um trem de 120 vagões em menos de 8 horas. Já no recebimento rodoviário, são oito tombadores, sendo seis para grãos e dois para farelo. O terminal foi construído em uma área doada pelo Programa Municipal de Desenvolvimento Econômico de Rio Verde (PRODEN- -RV), iniciativa da prefeitura que atraiu investimentos de porte para a cidade. A área total tem 250 hectares. Durante a construção foram gerados 600 empregos diretos e mais de 1.000 empregos indiretos. Com o início da operação, serão 400 empregos diretos, além de extensa influência na economia regional, que tem na ferrovia um indutor de desenvolvimento.  

A MALHA CENTRAL

Em março de 2019, a Rumo arrematou em leilão os tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, que ainda estão com obras para serem finalizadas. O contrato de subconcessão foi assinado em julho daquele mesmo ano, em Anápolis (GO). Com duração de 30 anos, o contrato compreende 1.537 km entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), que a Rumo denominou Malha Central. Para começar a tornar operacional, a companhia investiu no ano passado R$ 711 milhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. As obras executadas incluem a construção de quatro pontes entre os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, um pátio de ligação em Estrela D´Oeste e a implantação dos trilhos que restavam para conectar os três estados.

FICHA TÉCNICA

Sobre o terminal Rio Verde, seguem as principais empresas de engenharia e fornecedores de sistemas e equipamentos relevantes, como os sistemas para descarregar caminhões e carregar vagões dos trens, moegas, silos metálicos ou pré-moldados:

 • Promon Engenharia: Projeto Básico e Gerenciamento;

Egelte Engenharia: Construtora Civil Epecista do projeto;

• Terraplenagem Site e Ferrovia total de 3.701.753,612 m³;

• Área construída 17.265,57 m²;

• Área pavimentada 174.588,45 m²;

• 2 Armazéns celulares para Grãos com capacidade de 33.300 t;

• 1 Armazém horizontal para farelo/ Grãos com capacidade de 40.000 t;

Kepler Weber: Empresa responsável pelo fornecimento e montagem dos transportadores de correia e Redlers, sendo: 4 transportadoras de correia de 2000 t/h de 60” com o comprimento total de 840 metros, 11 Transportadoras de correia de 1500 t/h de 54” com o comprimento total de 1188,60 metros, 2 Redlers, transportador de corrente de 1500 t/h com o comprimento total de 72 metros e elevador de transferência de 500 t/h com 32,20 metros;

Cs Metal: Empresa responsável pelo fornecimento e montagem das estruturas metálicas totalizando 1.974.698,90 kg;

Precia Molen: Empresa responsável pelo fornecimento e montagem das balanças de batelada e integradora, sendo: 12 balanças de batelada com capacidade de 350 t/h e 4 balanças integradoras de controle para 2000 t/h;

Saturno: Empresa responsável pelo fornecimento e montagem das balanças rodoviárias, sendo: 3 balanças rodoviárias de entrada com capacidade de 100.000 kg sobre piso e 3 balanças rodoviárias de saída com capacidade de 100.000 kg sobre piso;

Power Engenharia: Empresa responsável pelo fornecimento e montagem de infraestrutura elétrica de baixa e alta tensão e de automação;

Prumo Engenharia: Empresa responsável pela construção da pera ferroviária com 8768,20 metros;

Saur: Empresa responsável pelo fornecimento dos tombadores de Grãos e Farelo, sendo: 6 tombadores de 26 metros para grãos com capacidade de 90t e 2 Tombadores de 30 metros para grãos e farelo com capacidade de 100t;

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