A taxa de mortalidade infantil no Brasil registrou aumento em 2025, levando o país a cair no ranking da Unicef. Esse índice reflete a eficácia das políticas públicas de saúde e expõe as dificuldades enfrentadas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Dados Preocupantes: Mortalidade Infantil no Brasil
De acordo com o relatório da Unicef, a taxa de mortalidade infantil subiu de 20 para 22 mortes por mil nascidos vivos em 2025, um retrocesso significativo em relação às melhorias observadas desde 1990. Essa queda de desempenho levou o Brasil do 107º para o 113º lugar no ranking global.
Falta de Investimentos na Saúde
Embora os gastos públicos tenham aumentado em valores absolutos, a proporção do PIB destinada à saúde caiu de 1,79% para 1,59% entre 1995 e 2025. Essa queda impacta diretamente as regiões mais vulneráveis, onde a mortalidade neonatal (primeiros 27 dias de vida) ainda é elevada.
Desafios Regionais: Norte e Nordeste
As regiões Norte e Nordeste concentram 50% das mortes infantis no Brasil. Em 2025, os principais fatores que afetam a mortalidade infantil incluem:
- Afecções perinatais: Condições relacionadas à gestação e ao parto.
- Anomalias congênitas: Deficiências genéticas ou adquiridas.
- Doenças respiratórias: Agravadas pela falta de infraestrutura.
O governo destinou R$ 110 milhões para melhorar o atendimento às gestantes e recém-nascidos nessas áreas, além de ampliar as equipes do programa Saúde da Família.
Comparação com Países Vizinhos
Em termos de investimento em saúde, o Brasil fica atrás de vizinhos como Argentina e México. Enquanto esses países alocam mais de 16% da arrecadação de impostos para a saúde, o Brasil destina apenas 8,7%.
Soluções Propostas
O relatório destaca a necessidade de:
- Aumentar os investimentos em saúde pública.
- Modernizar a gestão e a infraestrutura.
- Ampliar o acesso a saneamento básico, que ainda é deficitário em várias regiões do país.
Impacto do Envelhecimento Populacional
Com a população brasileira envelhecendo rapidamente, doenças crônicas como hipertensão e diabetes devem crescer, exigindo ajustes estruturais no sistema de saúde.
Avanços Globais e Regionais
Apesar dos desafios, a taxa de mortalidade infantil global caiu de 63 para 46 por mil nascidos vivos entre 1990 e 2025. O Brasil precisa aprender com exemplos como o México, que adotou um modelo de avaliação contínua das políticas públicas.