CCR e consórcio Aviva/Tecpav vencem leilões de rodovias no PR e GO, com R$ 18 bi em obras

CCR e consórcio Aviva/Tecpav vencem leilões de rodovias no PR e GO, com R$ 18 bi em obras

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Foram leiloados na quinta-feira (12/12), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), dois lotes de estradas no Paraná e em Goiás. Para os 30 anos das concessões estão previstos investimentos de R$ 23 bilhões, dos quais cerca de R$ 14 bilhões serão aplicados em obras de infraestrutura.

A CCR, uma das maiores concessionárias em operação de estradas do País, venceu a disputa pelo Lote 3 do Paraná, que inclui três rodovias federais (BR-369/373/376) e quatro estaduais (PR-090/170/323/4450). A empresa ofereceu 26,6% de desconto sobre a tarifa máxima de R$ 0,14596 por quilômetro, critério usado para definir o vencedor.

O lote paranaense compreende 569,7 km e abrange 21 cidades do norte do Paraná, entre elas, Londrina, Mauá da Serra e Sertanópolis, além de interligar o Paraná a Santa Catarina e São Paulo. São esperados quase R$ 16 bilhões em investimentos durante as três décadas de concessão, dos quais perto de R$ 10 bilhões serão aplicados em infraestrutura. A estimativa é de geração de 143 mil empregos diretos e indiretos.

As melhorias incluem a duplicação de 132,6 km de estradas, a implantação de 24,6 km de faixas adicionais e 61,7 km de vias marginais, além de 61,6 km de contornos. Também estão planejados dois postos de parada e descanso, localizados na BR-376 e na PR-323, além de 22 passarelas, duas áreas de escape, oito passagens de fauna e 14,9 km de iluminação no trecho da Serra.

Em Goiás, foi leiloada a Rota Verde, que compreende um trecho de 426,2 km e engloba as BR-060, BR-452 e BR-153, que cortam a capital Goiânia, Rio Verde e Itumbiara. O leilão desse lote foi vencido pelo consórcio Rota Verde Goiás, que inclui o fundo de investimento Aviva e a construtora Tecpav. O vencedor ofereceu desconto de 18,07% sobre a tarifa básica de pedágio, cujo valor máximo foi definido em R$ 0,13062 por km.

Os estudos de concessão da Rota Verde foram feitos pelo BNDES, sendo que estão previstos cerca de R$ 7 bilhões em investimentos, dos quais mais de R$ 4 bilhões serão em infraestrutura, ao longo dos 30 anos de concessão. Entre as melhorias previstas para a Rota Verde estão a duplicação de 31,1 km de rodovias, implantação de 122,7 km de faixas
adicionais e de 28,9 km de vias marginais. Além disso, serão instalados um ponto de parada e descanso, 14 passarelas de pedestres, 36 pontos de ônibus e 11 passagens de fauna.

Na Rota Verde, o destaque é que seu traçado está concentrado no escoamento da produção do agronegócio goiano, especialmente de Rio Verde, que é a maior produtora de grãos do Estado e uma das maiores do País, com vocação voltada para produtos como arroz, milho, algodão, sorgo, cana-de-açúcar, feijão e girassol. A região também é conhecida pela presença de indústrias e produção bovina, avícola e suína.

Esses leilões seguem uma sequência de certames realizados sob uma nova modelagem adotada pelo governo federal, na qual os interessados dão lances de desconto em relação à tarifa básica de pedágio, ao invés do tradicional por maior outorga, como ainda é feito em São Paulo. Na visão do ministro dos Transportes, Renan Filho, isso permite que a tarifa de pedágio cobrada dos usuários seja menor, uma vez que a outorga entra na conta do cálculo tarifário. “Fizemos o sétimo e oitavo leilões de rodovias do governo Lula nesta que está sendo chamada de super-quinta. E temos 15 leilões engatilhados para 2025”, comemorou Renan Filho.


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