O São Paulo No Dig Show 2023 colocou não só a capital paulista como o Brasil na rota do desenvolvimento sustentável através das tecnologias não destrutivas. Realizado entre 04 e 06 de julho no Instituto de Engenharia de São Paulo, atraiu numeroso público entre congressistas, expositores e visitantes. Mais de 30 empresas trouxeram inovações na aplicação de métodos não destrutivos (MND), que foram apresentados em 48 palestras técnicas e também nos estandes. O grande diferencial do evento foram as demonstrações ao vivo da aplicação de técnicas usando materiais físicos e também simuladores de realidade virtual. A mensagem que o São Paulo No Dig Show 2023 deixou é que é possível fazer obras mais rápidas, mais limpas, com menos poluição, menos transtorno à população e, principalmente, com melhor custo-benefício.
Um indicador da importância do congresso para além de seu local de realização foram as presenças internacionais. O evento contou com palestrantes como Tom Forconi e Matthew J. Wolf, dos Estados Unidos; Rafael Lahera, da Espanha; Peng Fan, da China; Fabio Fontebasso, da Italia e Konstantin Shipov, da Russia. Contudo, o destaque ficou pela presença de Ken-Jian (Albert) Shou e Samuel Ariaratnam, dois dos maiores especialistas em tecnologias não-destrutivas da atualidade. Albert, que é o atual presidente da Sociedade Internacional de Tecnologias Não Destrutivas (ISTT, na sigla em inglês) apresentou relato de como esse tipo de construção está consolidada ao redor do planeta, enquanto Ariaratnam demonstrou como os MNDs podem potencializar ações de redução da emissão de carbono na atmosfera, como na produção de energia eólica e por correntes marítimas.
Entre os congressistas, as expectativas eram de aprofundar conhecimentos e conhecer as diferentes modalidades de MNDs que se apresentam frente às suas necessidades. A engenheira ambiental Paloma Damasceno de Jesus Lima destaca que a aplicação dos métodos não destrutivos tem o potencial de minimizar impactos sociais e ambientais na recuperação de tubulações. “Conhecer essas tecnologias, ver como elas funcionam, é muito importante para o desempenho de nossas atividades, seja pensando no agora como no futuro”, destaca. Já o engenheiro civil Gildevaldo Vieira acredita que o evento apresenta novas formas de atender às demandas no saneamento. “A gente está acostumado a trabalhar da forma tradicional, pois o MND ainda é pouco disseminado por aqui. Eu penso que essa forma de trabalhar, reduzindo impactos no trânsito e para a população, é o futuro. Queremos adotar esse modelo cada vez mais”, completou.
Assistiu ao congresso dezenas de autoridades nas diferentes esferas administrativas, dos setores públicos e privado. Na abertura, no dia 04 de julho, a mesa foi composta pelo presidente da Sociedade Internacional de Tecnologias Não Destrutivas (ISTT), Keh-Jiah (Albert) Shou; pelos presidentes Abratt, Hélio Rosas; e da AESabesp, Luciomar dos Santos Werneck; pelo Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leonardo Picciani; pela Subsecretária Estadual de Recursos Hídricos e Saneamento de SP, Samanta Souza; pelo Secretario Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro e pelo presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, José Eduardo Jardim. Além deles, estiveram presentes Manuela Andrade, diretora da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e Carla Sautchuk, diretora da Comgás. Para finalizar, o evento contou com a presença de representantes dos patrocinadores master do São Paulo No Dig Show 2023: Roberval Tavares de Souza, diretor de operações e manutenção da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp); João Fernando Menescal e Carlos Salmito, diretores da Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece).
No Dig em números – os três dias de congresso movimentaram o Instituto de Engenharia de São Paulo de forma que surpreendeu até mesmo aos organizadores e a diretoria da entidade. Entre os cadastrados, foram 398 congressistas inscritos, além de 108 expositores e 396 visitantes. Esse número pode ser ainda maior, uma vez que o credenciamento de visitantes não era obrigatório. Esses quantitativos só não foram superiores por conta da falta de espaço físico. “Seria possível chegar facilmente a 500 congressistas inscritos. Mas tivemos que encerrar as inscrições devido às limitações de capacidade nos auditórios que tínhamos disponíveis”, ressaltou o presidente da Abratt, Hélio Rosas. Durante as 48 apresentações técnicas as salas estiveram sempre lotadas, mesmo quando duas palestras eram realizadas simultaneamente.
Abratt é Top 4 no mundo – Um jantar realizado no Jockey Club de São Paulo marcou a etapa final do São Paulo No Dig Show. Cerca de 200 convidados estiveram presentes. Na ocasião, além da confraternização e de discursos de agradecimento, foram entregues troféus em homenagem às pessoas que foram fundamentais para a realização do congresso e também pela difusão das MNDs no Brasil. Foram homenageados o presidente do ISTT, Ken-Jian (Albert) Shou; o presidente da AESabesp, Luciomar dos Santos Werneck; os ex-presidentes da Abratt, Sergio Palazzo e Paulo Dequech; o gerente da Sabesp, Armando Gomes Ferreira Junior; o diretor da Abratt, Ênio Aguiar; o superintendente da Sabesp, Agostinho Geraldes; e o presidente da Abratt, Hélio Rosas, que destacou como esse evento fortalece a posição do Brasil ao redor do mundo. “Foi durante o São Paulo No Dig Show 2023, com a adesão de novos associados, que a Abratt ultrapassou a Alemanha e passou a ser a Top 4 entre as 28 associações de MND do mundo. Com o apoio de vocês, que se envolveram em todas as etapas, pudemos fazer desse congresso o grande sucesso que ele foi”, finalizou Rosas.