De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a Energy China pretende investir US$
10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) em transmissão e energia eólica no Brasil. O ministro da pasta, Alexandre Silveira, se reuniu com o presidente da estatal chinesa Lyu Zexiang na quinta-feira 27 de abril, que anunciou o plano.
Os aportes devem ser feitos nos próximos anos e direcionados principalmente às áreas de geração de energia renovável e produção de hidrogênio verde. O ministro revelou que, durante a reunião, foi ressaltada a confiança da empresa no Brasil como destino para uma parte importante dos investimentos planejados no setor energético.
De acordo com a Agência Reuters, não ficou claro o cronograma exato desses investimentos e se eles ocorreriam por meio de projetos greenfield, construídos do zero, ou de aquisições, uma estratégia de negócios comum entre as empresas chinesas que já atuam no País.
A China é um importante investidor no setor elétrico do Brasil, com grandes grupos atuando em toda a cadeia. Entre eles, a State Grid tem forte atuação em transmissão de energia e controla a CPFL, que possui portfólio importante em distribuição.
A ampliação dos investimentos dos conglomerados estatais chineses pode marcar um segundo ciclo de aportes no Brasil e acontece em um momento em que os leilões de transmissão de energia previstos para 2023 estão atraindo grandes grupos e devem levantar cerca de R$ 50 bilhões em investimentos.
Uma das áreas que mais tem atraído estrangeiros ao País é a de energias renováveis.
Considerando a capacidade instalada, o setor eólico no Brasil já ocupa a sexta posição no ranking do Global Wind Report (GWEC). Há dez anos, a posição era 15º no ranking. Ainda segundo relatório da organização, o País bateu pela segunda vez consecutiva o recorde de novas instalações, registrando 4 GW em 2022, atrás somente da China e dos EUA.