Diplomado como presidente do SindusCon-SP em dezembro, para o mandato de 2023-2024, Yorki Estefan falou das expectativas para este ano, planos para sua gestão e do cenário no mercado da construção. Formado em engenharia Civil pela FAAP, Estefan reafirmou a projeção do SindusCon-SP, de aumento do PIB da Construção, que foi revista para cima e estimada em 7% em 2022, com expectativa de alcançar mais 2,4% em 2023, contando com um cenário mais favorável em relação aos preços dos insumos.
Já sobre o mercado imobiliário, o novo presidente disse que a expectativa para 2023 “é de muitos desafios na arrumação da economia” e que o programa Minha Casa, Minha Vida precisará estar inserido em um plano de recuperação fiscal.
Em entrevista, Yorki Estefan também falou dos planos para sua gestão. Disse que irá atuar em três grandes linhas: industrialização rumo a uma construção sustentável, gestão institucional para fortalecer o protagonismo do SindusCon-SP na cadeia produtiva da construção e sociedade e manter uma gestão administrativa com ritmo forte de atuação, na capital e interior.
Em relação às questões tributárias envolvendo o setor da construção civil, Estefan frisou que a nova gestão da entidade irá prestar atenção especial à reforma tributária, para evitar que o setor seja injustamente onerado.
“Também pretendemos atuar pelo aumento da concorrência entre os produtores de insumos, dando mais previsibilidade aos nossos contratos. Vamos acompanhar as concessões, privatizações e marcos regulatórios em benefício de nossas associadas. Essas questões têm também impactos relevantes no equilíbrio financeiro das empresas do setor.
Sobre o mercado imobiliário, o presidente disse que mesmo com taxas de juros alta, desemprego e menor renda disponível das famílias, teve bom desempenho, em parte por conta da percepção de desencanto com o mercado financeiro durante a pandemia.
“A expectativa para 2023 é de muitos desafios na arrumação da economia, mas as previsões do início deste ano de todos os setores, inclusive as da construção, foram superadas, uma vez que no começo de 2022 as visões ainda estavam contaminadas pelos efeitos recessivos da pandemia.
O Minha Casa, Minha Vida precisará estar inserido em um plano de recuperação fiscal, uma vez que não está havendo espaço no Orçamento federal para a contratação de habitações de interesse social”.
Já em relação ao emprego no setor, Estefan conclui que ainda cresça em 2023, mas não na mesma proporção que em 2022.