O mato-grossense Grupo André Maggi, que já aplicou mais de R$ 900 milhões em Mato Grosso nos últimos dez anos, irá investir até 2012 mais R$ 450 milhões na construção de quatro novas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), na região de Sapezal (480 quilômetros ao noroeste de Cuiabá), gerando mais 75 megaWatts (mW) de energia. O anúncio foi feito ontem, em Cuiabá, pelo diretor superintendente da Maggi Energia, Roberto Anselmo Rubert, durante seminário promovido pela Rede Cemat, no auditório do Senai.
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O Grupo vai investir também na área agrícola, comercialização e transporte, e na implantação de uma nova indústria de esmagamento de soja na região de Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá). O valor deste investimento, bem como a capacidade de esmagamento da fábrica, não foram revelados por Rubert.



O Grupo conta com duas indústrias de beneficiamento de soja em Mato Grosso, sendo uma em Cuiabá, com capacidade para 1,5 mil toneladas/dia, e outra em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá), 3 mil toneladas/dia.

O executivo informou que o setor de energia será o carro-chefe dos investimentos do Grupo André Maggi em Mato Grosso nos próximos anos. A Maggi Energia, empresa que explora a energia como negócio e gerencia todo o consumo do grupo, já conta com duas PCHs em funcionamento, também na região de Sapezal, com capacidade de geração de 12,5 mW, que está sendo comercializada e disponibilizada no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Das quatro novas hidrelétricas a serem construídas pela Maggi Energia, a primeira, com capacidade de geração de 10,8 mW, começa a ser construída já em agosto deste ano e, as outras, a partir de março de 2010.
Já a fábrica de esmagamento de soja está sendo projetada para 2010, mas sua operacionalização dependerá da chegada dos trilhos da ferrovia até Rondonópolis.

Rubert não informou o valor dos investimentos totais do Grupo Maggi em 2009, preferindo se ater aos percentuais de crescimento.

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“Projetamos avançar 10% a cada ano até 2014 na agricultura, indústria, comercialização, transporte e produção de energia”, disse ele.

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FATURAMENTO – O executivo informou que o faturamento do grupo em 2008 atingiu a cifra de R$ 4 bilhões, crescimento de 58,73% em relação ao ano passado (R$ 2,52 bilhões). Para 2009, o grupo estima repetir o faturamento de R$ 4 bilhões. O setor de grãos responde pelo maior volume de faturamento do grupo, que vem expandindo sua área plantada ano a ano.

Na safra 07/08, por exemplo, o Grupo plantou 180 mil hectares de grãos. Na atual safra (08/09), ampliou a área para 206,5 mil hectares, incremento de 14,72%.

TRANSFERÊNCIA – A partir do próximo mês de julho, a sede administrativa do Grupo Maggi será transferida de Rondonópolis para Cuiabá. Cerca de 300 colaboradores serão deslocados para a Capital em um período de dois anos, prazo que o grupo espera consolidar sua sede na nova cidade.



Rubert explicou que a transferência não se deveu a motivos políticos, “como se chegou a supor”, mas devido à questão de logística e localização. “O grupo está se expandindo para outras regiões do país, exigindo maior interação com outros estados. E a melhor base para a nossa empresa é Cuiabá, devido à facilidade de comunicação, deslocamento aéreo e melhor localização”, explicou.

GRUPO – Fundado há cerca de 35 anos, o Grupo André Maggi se dividiu em várias frentes, formados holdings para atuação setorizada. Entre as principais atividades estão a Originação e Comercialização de Grãos, por meio da Amaggi Exportação e Importação Ltda.
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, a Produção Agrícola, tratada pela Divisão Agro o Grupo André Maggi, Transporte Fluvial, gerenciado pela Hermasa Navegação da Amazônia S.
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A e o braço energético, com a Maggi Energia.

Fonte: Estadão