Vejo no calendário que o tempo corre mais depressa do que imaginava, para os que pretendem participar da 10ª edição do Prêmio Talento Engenharia Estrutural 2012. Ela é um compromisso do Grupo Gerdau e da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), para por em evidência trabalhos dos engenheiros que calculam estruturas.

O prazo para as inscrições termina no próximo dia 31. Portanto, quem ainda não se inscreveu, que procure inscrever-se o quanto antes. A premiação vai colocar lá em cima o talento de cada um e reconhecer que fazer cálculo estrutural não é e nunca será uma brincadeira.

É, por natureza, um trabalho solitário, invariavelmente gratificante, mas que exige do profissional um sacrifício penoso e um conhecimento que precisa continuamente de atualizações, com um pormenor: embora o engenheiro calculista não seja, a rigor, aquele profissional para quem se invoquem, no dia a dia, os louvores pela arte da obra construída, é sobre ele que costumam pesar a maior parte das responsabilidades, caso a construção apresente alguma vulnerabilidade.

Dizem que o engenheiro calculista tem ombros largos. E tem. Além disso, é talhado para organizar o raciocínio e o espírito a fim de desenvolver os projetos em cima das propostas do arquiteto. Invariavelmente são propostas ousadas, elaboradas em cima de um programa que requer criatividade.

Um arquiteto disse-me, certa vez: “O arquiteto sonha; o calculista vê como o sonho pode ser realizado e o engenheiro da obra cuida de colocar o sonho em pé.”

Não sei por que, mas sempre que vejo o trabalho de um engenheiro calculista, me vêm à cabeça as imagens do Joaquim Cardozo, do José Carlos Sussekind, do professor Figueiredo FSerraz, do Sérgio Marques de Souza, Bruno Contarini, Mário Franco, Aluizio D´Ávila, Flávio D´Alambert. São homens cujas obras espelham uma extraordinária capacidade de concentração. Alguns deles fizeram obras notáveis em período em que a tecnologia dos materiais não tinha o nível de evolução que hoje tem.

Mas, voltemos ao prêmio. Ele vai distinguir obras em quatro categorias: Infraestrutura, Edificações, Obras de Pequeno Porte e Obras Especiais. Quem não se inscreveu, tem a oportunidade de fazê-lo até o dia 31. E o vencedor de cada categoria ganhará uma viagem a Nova York, com direito a visitar os trabalhos de reconstrução do World Trade Center, dentre outras atividades turísticas ou profissionais. Mas, no meu entender, o importante nem seja isso. O importante é ele mesmo.

Fonte: Nildo Carlos Oliveira