O chamado “beijo” – quando as aduelas de cada lado se juntam e formam a estrutura – do Viaduto das Valquírias aconteceu na última terça-feira, dia 30, em Jundaí (SP).

Desde agosto do ano passado a CCR AutoBAn – concessionária que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes – trabalha na construção da estrutura sobre a Via Anhanguera, por meio da técnica balanço sucessivo, utilizada para vencer grandes vãos.

O viaduto está sendo construído sem nenhum tipo de escoramento, apenas com o uso de treliças metálicas, que possibilitam o avanço das concretagens. “O equilíbrio é feito a partir da utilização das treliças, presas a cabos ancorados aos pilares provisórios e também da própria estrutura tensionada (aduelas), equivalente a um segmento da laje. Com o término de cada aduela ou segmento, as treliças avançam e uma nova etapa é feita, sucessivamente. O trabalho acontece de forma simultânea em cada pilar – e na mesma proporção e tempo – até que as aduelas se juntem e formem o viaduto, sem a utilização de escoramentos”, explica.

Com o término desta etapa, a concessionária irá realizar, a partir de agora, a aplicação das barreiras de proteção, camadas de pavimento, juntas, telamento, sinalização horizontal, vertical e sistemas de iluminação.

Desde o lançamento da obra do Complexo Viário de Jundiaí, em 20 abril de 2016, as intervenções acontecem entre os quilômetros 55+900 e 61 da Via Anhanguera, divididas em duas fases. Na primeira fase, entregue em novembro de 2017, foram construídas as alças de acesso da pista sul (sentido interior-capital) da Via Anhanguera para a avenida Nove de Julho, com a implantação de dois viadutos, ponto de ônibus e ampliações/ordenações nas vias marginais sentido sul.

Já na segunda fase da obra está em execução a construção de um novo viaduto sobre a Via Anhanguera, na altura do km 59 da rodovia. Esta transposição, que vai ligar as avenidas Osmundo Pelegrini e Jacyro Martinasso, resultará em uma nova interligação entre os bairros Medeiros, Eloy Chaves e Fazenda Grande ao centro de Jundiaí.

A entrega total da obra está prevista para o primeiro semestre de 2018, de acordo com cronograma aprovado pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). O investimento total é de R$ 230 milhões, pagos com recursos da receita de pedágio e financiamentos.