Desde o início da operação, em fevereiro, a CCR ViaSul vem realizando os trabalhos de recuperação no pavimento, manutenção e conservação do trecho concedido nas BRs 101, 290 (Freeway),
386 e 448, a chamada Rodovia de Integração Sul.
Essas intervenções são uma determinação contratual durante o primeiro ano da concessão, para restabelecer as condições de trafegabilidade e segurança das rodovias. Hoje, há uma intensa
mobilização de dezenas frentes de trabalho.
Atualmente, a concessionária afirma ter quase 800 profissionais voltados aos serviços de recuperação de pavimento, tapa buraco, sinalização horizontal e vertical, roçada, drenagem, limpezas
em geral etc.
Além desses trabalhos, a concessionária está, desde o começo de junho, promovendo a revitalização da iluminação existente nos segmentos urbanos pertencentes à concessão. O cronograma foi antecipado e a expectativa é que essa etapa seja concluída até dezembro deste ano.
A CCR ViaSul também já iniciou os serviços preparatórios para a construção das cinco novas praças de pedágio que entram em operação em fevereiro de 2020, conforme previsto em contrato de concessão, sendo quatro praças na BR 386 – km 426 (Montenegro), km 374 (Paverama), km 261 (Fontoura Xavier) e km 202 (Victor Graeff) – e uma praça na BR 101 – km 35 (Três Cachoeiras).
A partir de fevereiro de 2020, a CCR ViaSul inicia o cronograma de restauração do pavimento na BR 386. Em agosto do ano que vem, a praça de pedágio de Gravataí, no km 77 da Freeway
(BR 290), será realocada para o km 60, e a localizada em Santo Antônio da Patrulha, no km 19 da Freeway, terá cobrança bidirecional.
A restauração definitiva do pavimento do vão móvel da ponte do Guaíba foi uma etapa complexa superada pela concessionária. Além das novas praças de pedágio, serão construídas 11 novas
bases de atendimento operacional e ao usuário nas BRs 101 e BR 386. Os projetos estão em fase final de aprovação junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
No momento, a concessionária é responsável pela manutenção e operação da ponte do Guaíba (BR 290) e Túnel do Morro Alto, na BR 101.
Em agosto, a CCR ViaSul tem previsão de iniciar a operação completa nas BRs 101, 386 e 448, disponibilizando aos usuários dessas rodovias os serviços de atendimento médico e apoio mecânico.
A Freeway já conta com os serviços desde 15 de fevereiro.
O cronograma de duplicação de 225 km da BR 386 está programado a partir do terceiro ano de concessão (2021), no trecho de 20,3 km entre os municípios de Marques de Souza e Lajeado.
As obras, conforme previsto em contrato, seguem até o 18° ano da concessão (2036).
O grupo CCR venceu o leilão de concessão da Rodovia de Integração Sul, realizado no começo de novembro de 2018. O sistema rodoviário é composto por 473,4 km de vias na região Sul do País. A concessão tem duração de 30 anos e o investimento previsto durante o período é de R$ 7,8 bilhões.

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS
CONCESSÃO CCR VIASUL

AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE (FAIXA ADICIONAL): 73,7 km (em cada sentido)
Do km 0,7 (entroncamento ERS 030 – Osório) ao km 74,4
(entroncamento ERS 118 – Gravataí) – entre 2031 e 2033

BR 386 DUPLICAÇÃO – 225 km
20,3 km entre Marques de Souza e Lajeado –
entre 2021 e 2023
5,1 km entre Lajeado e Estrela – entre 2022 e 2023
25,6 km entre Soledade e Fontoura Xavier –
entre 2023 e 2024
30,5 km entre Tio Hugo e Soledade –
entre 2024 e 2025
54,9 km entre Fontoura Xavier e Marques de Souza –
entre 2026 e 2028
34,6 km entre Carazinho e Tio Hugo – entre 2029 e 2030
59,3 km entre Tabaí e Canoas – entre 2034 e 2036

Duplicação na serra da Tamoios usa teleférico e tem 4 túneis e 8 viadutos

A obra de duplicação do trecho de serra da Rodovia Tamoios, em Caraguatatuba (SP), envolve 21,6 km de vias. De túneis são 13,135 km, mais oito viadutos e uma ponte. Um teleférico chamado  cable crane, sistema inédito utilizado no Brasil, dá suporte aos trabalhos em sua etapa mais crítica.

O trecho tem acentuado declive e boa parte dele atravessa área de preservação da Serra do Mar. Trata-se de uma das obras de infraestrutura mais complexas em andamento no país por conta da logística e do meio ambiente. Há 2.600 trabalhadores trabalhando no projeto e cerca de 750 equipamentos leves e pesados em operação.

O teleférico dá auxílio aos trabalhos no ponto mais crítico da obra, com difícil acesso em um vale e área preservada, para transporte de até 20 t de equipamentos, insumos e pessoas.

O equipamento é usado para construção do viaduto 3, com cinco pilares e vão que chega a 125 m, e o desemboque do túnel 3/4, o mais extenso de todos com 5.555 m (que será o maior do país quando concluído).

Os outros três túneis são o 5 (já concluído), com 3.970 m, o 1, com 2.889 m, e o 2, com 721 m. Há um túnel de serviço paralelo em cada túnel e uma interligação entre ambos a cada 250 m.

Os túneis têm seções iguais de 13 m de diâmetro e os auxiliares  têm 5,5 m de diâmetro. Eles estão sendo construídos pelo método NATM. A perfuração ocorre com auxílio de cinco jumbos com três braços e cinco jumbos com dois braços.

Os oitos viadutos estão sendo montados com diferentes soluções construtivas, incluindo vigas pré-moldadas com protensão feita no local onde são fabricadas, para não causar danos à peça durante o transporte até o trecho de instalação; método de forma deslizantes e balanço sucessivo. Um deles será metálico para vencer
grandes vãos, com vigas de 58 m.

Eles possuem as seguintes dimensões: 1 (95 m de extensão), 1A (90 m), 2 (147,6 m), 3 (310 m), 4 (230 m), 5 (378 m), 6 (946,4 m), 7 (81,2 m) e 8 (40,2 m).

No viaduto 2, que leva ao viaduto 3, cortinas atirantadas foram executadas perfazendo contenção de 15.073 m² – são 1.200 tirantes somente na parte principal da cortina.

A contenção tem 55 m de altura. Ao adotar a contenção ao invés de taludes, foi possível evitar corte extenso
do terreno em área preservada.

Na pista, foi implantada ainda uma nova ponte sobre a represa de Paraibuna e uma passagem inferior. A Rodovia dos Tamoios liga São José dos Campos a Caraguatatuba (SP). Seu trecho de planalto encontra-se completamente duplicada nos seus quase 50 km.

No seu trecho no litoral, no chamado Contornos Norte e Sul, com 34 km, as obras são de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo e estão paralisadas.

Nas obras do trecho de serra da Rodovia Tamoios, as empresas projetistas são a CJC (túnel), Engecorps (obras de arte) e Núcleo (contenção). As contenções estão sendo executadas pela Tecnogeo Keller.