Em entrevista à revista O Empreiteiro, Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena, detalhou o andamento das obras nos seis aeroportos do Nordeste onde a companhia assumiu: Recife, João Pessoa, Campina Grande, Maceió, Aracaju e Juazeiro do Norte. Segundo Marcelo, ano passado, em 2022, foram iniciadas as obras da fase 1 B, com investimentos de R$ 1,5 bilhões, cuja previsão de término é até junho deste ano, 2023. As próximas fases de manutenções, equipamentos e melhorias serão investidos cerca de R$ 500 milhões até 2025.
Além dos seis aeroportos no Nordeste, a Aena também irá assumir neste ano mais 11 aeroportos do bloco liderado por Congonhas (SP) e outros localizados em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará, iniciando a gestão em maio deste ano.
“Nosso foco agora está em entregar a fase 1 B dos aeroportos do Nordeste, e, depois dessa etapa que devemos cumprir em maio, é que iremos assumir a gestão dos outros 11 aeroportos conquistados no leilão mais recente. A 1ª etapa aqui será de investimentos emergenciais e em seguida virão as obras de modernização. Até o final de 2023, serão 17 aeroportos operados pela Aena no Brasil, se tornando a maior gestora neste setor no país”, ressalta Marcelo Bento.
Atualmente, a Aena opera 46 aeroportos na Espanha (entre eles, Barajas, em Madri), um no Reino Unido, 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica, além dos seis no Nordeste do Brasil. O aeroporto de Congonhas será o quarto maior da companhia em todo o mundo.
Obras a todo vapor no Nordeste
Segundo o diretor Marcelo Bento, a Aena assumiu a gestão dos seis aeroportos no Nordeste em março de 2022, ou seja, uma semana antes de eclodir a pandemia do Covid -19. “Foi um tremendo desafio porque não tinha mão de obra, em plena pandemia. No início dos investimentos emergenciais, não tínhamos equipe, mas montamos uma verdadeira operação de guerra para trabalhar– e fizemos.
Em 2022 iniciamos as obras da fase 1 B, com investimentos de R$ 1,5 bilhões. Nesta fase, as obras visavam aumentar a segurança aeroportuária, melhorando as áreas de escape da pista, com reforço estrutural do piso, faixa preparada, compactação do terreno para que caso a aeronave saia da pista ela não afunde, ou, se um caminhão dos bombeiros precisar chegar lá, não atolar. Então fizemos recapeamento e etc. Nesta fase, somente de concreto e camada asfáltica que vai numa pista de pouso, é uma obra enorme mas que as pessoas não vêem. E isso está sendo feito em todos os seis aeroportos”, frisou Bento.
O diretor acrescentou também que a Aena está fazendo a drenagem dos aeroportos para canalizar a água de chuva, inclusive com separação de água e óleo. Foram instaladas também novas estações de tratamento de água de forma que possa ser reutilizada; centrais elétricas foram trocadas e etc. Todas essas obras foram efetuadas nos seis aeroportos.
“Estamos preparando esses aeroportos para o crescimento de capacidade de absorção de tráfego, que estimamos em até 100%. Então estamos preparando todos eles para os próximos 15 anos para um fluxo maior. Lembrando que a concessão é de 30 anos, então temos programado mais investimentos”.
De acordo com Bento, o modelo de contratação das obras dos seis aeroportos é por EPC , sem afetar o funcionamento normal deles – um padrão operacional da Aena .
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