O corredor logístico em construção pela Bamin na Bahia, uma das principais obras de infraestrutura em andamento no Brasil, já recebeu R$ 1,8 bilhão em investimentos desde que a mineradora entrou no negócio, em 2021. A empresa planeja destinar um total de R$ 20 bilhões ao projeto, e a previsão de início de operação é 2026.
Gustavo Cota, Diretor de Operações de Ferrovia da Bamin, explica que esse é um empreendimento que nasceu a partir da descoberta de um depósito de minério de ferro em Caetité, sudoeste da Bahia, que pode alcançar uma produção de 26 milhões de t de Fe de alto teor anualmente.
A partir daí, a empresa desenhou uma infraestrutura logística que vai da mina, em Caetité, ao Porto Sul, em Ilhéus, para escoar a produção. Nesse corredor estão previstas as construções de uma ferrovia e de um porto, que estão em andamento. Na obra da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL I), a Bamin é responsável por 537 km de extensão, Caetité até o Porto Sul, em Ilhéus (BA) – um terço do total. A mineradora terá a concessão da ferrovia por 35 anos.
Gustavo Cota informou que 62% desse trecho já foi concluído. Ele detalhou o atual status das obras em palestra no Workshop Opex 2023, na semana passada, em Nova Lima (MG), realizado pela revista Minérios e Minerales.
Segundo Cota, os estudos geológicos e o processo de licenciamento tiveram início há dez anos. “Um ponto importantíssimo do nosso projeto é que temos 100% das licenças exigidas. Os investimentos na mina, no porto e na ferrovia são estimados em R$ 20 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão já foi aplicado”, afirmou.
Cota destacou que toda essa mega-infraestrutura logística será um importante vetor de desenvolvimento econômico também para outras empresas. “A infraestrutura logística que está sendo colocada para a exploração do minério é muito superior ao que a Bamin vai produzir. Temos uma projeção de 26 milhões de t/ano, e a ferrovia tem capacidade para 60 milhões de t/ano de Fe; no Porto, 40 mi t/ano. Isso significa que há espaço para outros produtos, não só minerais, mas do agronegócio, principalmente na região Oeste da Bahia”, disse o executivo.
Com esse projeto a Bamin levará a Bahia à posição de terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil. São 668 bilhões de tem reservas.
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