Fifa adia cidades-sede da Copa de 2014 e prejudica Brasil

O anúncio oficial divulgado nesta quarta-feira pela Fifa, de que a definição das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 no Brasil só acontecerá no final de maio, e não no próximo dia 20 de março, como estava previsto, é prejudicial para o desenvolvimento das obras necessárias à realização do maior evento esportivo mundial no país.

“O adiamento na realidade contribui para diminuir ainda mais o prazo, que já está defasado em termos de cronograma, para contratação de projetos e obras exigidos para dotar as cidades-sede de uma estrutura compatível com as exigências da Fifa e da magnitude do evento”, avalia José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco).

Algumas cidades-candidatas estavam aguardando o anúncio da Fifa sobre as capitais escolhidas para deslanchar seus programas de investimentos, a fim de superar as deficiências de infraestrutura.

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Com o adiamento da decisão, esses investimentos imprescindíveis serão postergados.

“Não podemos esquecer que já perdemos o ano de 2008, quando poderiam ter sido contratados os estudos e projetos essenciais à definição das obras necessárias para suprir as deficiências.

Em 2009, continuamos no mesmo caminho e o adiamento só vai prejudicar o país”, pondera Bernasconi.

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O Sinaenco desenvolveu, em 2007, um amplo estudo sobre a situação de 29 estádios, em 17 capitais candidatas a sediar uma chave da Copa 2014, e vem realizando seminários nas principais cidades postulantes a sedes do campeonato mundial de futebol de 2014. Os eventos – já foram realizados 11, no total – têm como foco analisar as principais deficiências da infraestrutura das cidades e detectar as soluções mais viáveis, do ponto de vista técnico e econômico, para cada capital.

“Há cidades, como Belo Horizonte, por exemplo, que têm deficiências mais complexas em determinados setores da infraestrutura, como na rede hoteleira.
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Buscamos, com os seminários, avaliar não só os projetos e obras necessários mas sua adequação técnico-econômica e sua sustentabilidade. Não adianta simplesmente investir na construção de mais leitos de hospedagem se posteriormente esses empreendimentos não tiverem viabilidade econômica”, explica Bernasconi.

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Segundo o presidente do Sinaenco, é necessário articular ações estruturais, estratégicas, que garantam a viabilização posterior dos investimentos.

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Fonte: Estadão

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