A Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), entidade que reúne empresas de consultoria, construção, montagem, equipamentos e operação na área, quer maior participação da iniciativa privada no setor.
De acordo com o presidente da entidade, Antônio Muller, existem duas razões principais para isso: “A primeira é o fato de o governo estar amarrado à burocracia legal, enquanto a indústria privada pode ter mais agilidade em suas ações. A segunda é em relação ao cronograma, uma vez que o governo depende de liberação de recursos, o que atrasa a construção das usinas, o que não acontece com a indústria privada.”
Além da produção de energia elétrica (como a que se processa nas usinas de Angra dos Reis, RJ), o executivo cita outras aplicações da energia nuclear que poderiam ser desenvolvidas no Brasil, como na medicina, na preservação de alimentos e no tratamento do meio ambiente. Existem projetos para construção de mais quatro usinas nucleo elétricas até 2030 no País: duas no Nordeste e duas no Sudeste.
A Abdan não teme as restrições cada vez maiores no uso da matriz energética. “No momento em que conseguirmos divulgar melhor as mudanças tecnológicas existentes, aumentando a segurança do empreendimento, evitamos o aumento progressivo das restrições”, afirma.
Fonte: Revista O Empreiteiro