O metrô de Lima e a mais longa ponte estaiada na Rússia

Newsletter exclusivo da parceria entre Engineering News Record e revista
O Empreiteiro convida empresas brasileiras a divulgar soluções inovadoras de engenharia ou gerenciamento

O newsletter Insider da Engineering News Record, da McGraw Hill, de Nova York, iniciou este ano uma parceria exclusiva com a revista O Empreiteiro para troca de conteúdo editorial, que possibilitou a inclusão de obras como a ponte do Rio Negro, em Manaus, AM, e a hidrelétrica de Foz do Chapecó, em SC, entre outras obras, nas edições eletrônicas disparadas para 80 mil leitores em diversos países e os 15 mil leitores no País.
Estamos preparando agora a pauta para 2011 e empresas de engenharia brasileiras interessadas em divulgar soluções inovadoras em suas obras – que tenham potencial de aplicação universal, isto é, em projetos pelo mundo afora – podem enviar um resumo de 20 linhas para nildo@revistaoempreiteiro.com.br
A edição de dezembro do newsletter eletrônico Insider dá destaque para o avanço da construção da nova linha 1 do metrô de Lima, no Peru, com 11,7 km de trilhos e 9 estações a serem implantados, somados à reforma de 9,8 km de trilhos existentes e 7 estações, num prazo de 18 meses. Com término previsto para junho de 2011, o contrato de US$410 milhões está sendo executado pelo consórcio Trem Elétrico, na modalidade PPP com o governo peruano, cujos participantes são a Odebrecht, Graña y Montero peruana e a Siemens-responsável pelo sistema de eletrificação da rede total de 22 km.
Esse será o final feliz de uma obra que se arrasta desde 1985, quando Alan Garcia se elegeu presidente. Aí veio a crise econômica que elevou a inflação para 7000% ao ano, e conflitos internos provocados pelos insurgentes da Sendero Luminoso. Aí veio a recuperação econômica nos anos recentes, impulsionada pela alta dos metais dos quais o país é expressivo produtor global.
O PIB cresceu 9,8% em 2009. Quase 9 milhões de pessoas vivem na região metropolitana de Lima, um terço da população do país e os sistemas de transporte de massa estão sobrecarregados.
Alan Garcia elegeu o metrô como projeto prioritário em 2006, após sua reeleição, mas as tratativas para retomar as obras com recursos públicos fracassaram, o que levou o governo a reformatá-lo como PPP em 2009, assinando um financiamento de US$ 300 milhões da Corporación Andina de Fomento. Daí o prazo de 18 meses para sua construção, possibilitando sua inauguração ao final do mandato do presidente.
O consórcio trabalha com três turnos, 24 horas por dia, em seis frentes de serviço, valendo-se de pré-moldados para a maior parte das estruturas– para ganhar velocidade nos apertados canteiros em Lima. Outro complicador são as atividades sísmicas na região, quesito que tem a consultoria da T.Y.Lin, de San Francisco, EUA.
O governo já busca investidores para uma segunda etapa de 12 km, com custo estimado de US$ 600 milhões. O metrô vai operar integrado com o recém- concluído sistema de ônibus BRT, chamado El Metropolitano, cujos 26 km de vias segregadas percorrem a capital no sentido norte-sul. O metrô que corre sobre elevado vai se interligar com o BRT no centro de Lima e pode transportar em conjunto 1 milhão de pessoas por dia.

Rússia constrói a mais longa ponte estaiada
Superando projetos recentes no Japão e China, a Rússia está construindo uma ponte estaiada que vencerá vão de 1104 m – a maior do mundo – ao sul do porto de Vladivostok, cuja montagem do vão principal começará em abril próximo. Ela cruza o "Bósforo Oriental" no extremo sul da península Nazimov, ligando à ilha de Russky que vai sediar a reunião de cúpula Ásia-Pacífico em 2012.
A empresa USK MOST, de Moscou, começou as obras em 2008 e pretende concluí-las em 2012. O projetista é a NPO Mestrovic. A ponte mede cerca de 1,9 km e as duas torres do vão central atingem 320 m de altura, de onde partem os cabos de aço para suportar o deck ortotrópico metálico de 24 m de largura.
As peças metálicas de 12 m que formam o tabuleiro estão sendo fabricadas em Omsk e são entregues por trem, e também em Nakhodka, de onde chegam por barcaças num percurso de 110 km. No canteiro, guindastes içam essas peças a 80 m para serem soldadas e unidas por parafusos, além da fixação dos estais.
A Freyssinet francesa vai firmar cada cabo com cordoalhas de 7 fios, protegidos por cera. O cabo mais longo terá 580 m e 85 cordoalhas. O volume total de cordoalhas de aço na ponte de Russky somará 2800 km. Os cabos serão ainda encapsulados em polietileno de alta densidade. O empreiteira principal da ponte é a Pacific Bridge Building Co., conhecida pela sigla em russo TMK.

Tecnologia inovadora elimina nutrientes na água
A baía de Chesapeake, perto de Baltimore, EUA, foi colocada na lista de locais em risco pela agência ambiental americana. A ETE de Maryland começou a implementar uma tecnologia de denetrificação como tratamento terciário, visando a reduzir o teor de nitrogênio e fósforo no efluente despejado no rio Patapsco em mais de 80%. Esses nutrientes favorecem as algas, que consomem oxigênio e matam os peixes.
O sistema fabricado pela Severn Trent Services usa bactéria e camadas de meio filtrante granular para eliminar o nitrogênio e o fósforo, dispostos em 34 leitos medindo 30 m de extensão, 4 m de largura e 5,5 m de profundidade. Esta instalação deverá estar concluída em março de 2013.

Concessionário australiano registra prejuízo
O maior projeto de infraestrutura financiado por recursos privados na Austrália está com o cronograma em dia, mas as finanças da concessionária acumulam perdas. Brisconnections é o nome da empresa criada para financiar, construir e operar por 45 anos a rodovia Airport Link, em Brisbane, orçada em US$4,6 bilhões. Com extensão de 6,7 km, esta rodovia pedagiada liga a Brisbane central aos subúrbios ao norte da cidade e o aeroporto, incluindo dois túneis de 5,7 km escavados com máquinas TBM.
A concessionária é controlada pelas construtoras Thiess Pty. e John Holland Group, que pertencem a Leighton Holdings. Os problemas têm origem na engenharia financeira pouco ortodoxa, com US$ 3 bilhões levantados via bancos. Ao invés de investir seu próprio capital na frente, a Brisconnections captou US$ 1 bilhão via IPO na bolsa em julho de 2008, ao preço de US$ 1 por ação. Mas as ações ca&ia

cute;ram vertiginosamente logo a seguir, chegando quase ao valor zero, levando à debandada dos investidores institucionais.

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Fonte: Estadão

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