A vez das minis

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Mercado de máquinas compactas se expande em múltiplas aplicações

Em ascensão como equipamentos urbanos para atuar em obras de eletricidade, saneamento, telefonia, subsolo ou terrenos pequenos, as máquinas compactas ampliam espaço no mercado. A minicarregadeira de esteira (ou compact track loader) e mais 25 equipamentos da linha mini fabricadas nos Estados Unidos e na Alemanha, agora importadas pela americana Terex, desembarcam no Brasil graças ao investimento da dealer paranaense Tauron. "Como os mercados dos Estados Unidos e Europa estão estáveis e os BRICs (sigla usada para representar os países Brasil, Rússia, Índia e China) devem crescer 30% nos próximos anos, vamos investir nas minis e, quem sabe, até fabricar aqui no Brasil", projeta André Godoy Freire, presidente da Terex Latin America.

Posicionada entre os cinco maiores grupos mundiais de equipamentos, a Terex possui uma fábrica de máquinas para asfalto em Cachoeirinha (RS) e planeja construir uma nova planta para produzir equipamentos como os da linha mini em Guaíba (RS), a partir de agosto de 2011. Segundo as projeções da empresa, o mercado de retroescadeiras tem mais volume, mas menor participação. O de minicarregadeiras, por sua vez, deve crescer. "Para um mercado total de minis na casa das 1.000 unidades, incluindo todos os fabricantes, a nossa idéia é, em 12 meses, aumentar a participação para algo entre 10 e 15%", calcula Adriano Battazza, diretor de vendas da área de construção da Terex. Com a fábrica de Guaíba em funcionamento, a Terex poderia exportar para o Mexico, Chile, Peru e Angola.

A Tauron, empresa do grupo de empreendimentos imobiliários Hafil, com sede em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, investiu R$ 7 milhões implementar o acordo de distribuição com a Terex que, além de máquinas para construção e pavimentadoras, fabrica plataformas aéreas, manipuladores de material e guindastes. "No futuro, a nossa área de 180 mil m2 será um centro de treinamento e pós-venda para usuários", explica Henrique do Rêgo Almeida Filho, presidente da Tauron.

No local, um antigo haras, a empresa instalou uma pista de treinamento que reproduz situações de obras e testa os limites da máquina. Salas de aulas para 25 alunos com alojamento vão abrigar operadores de máquinas, clientes ligados ao poder público e futuros "treinadores". Os currículos estão em fase de montagem e recebem apoio do Sesc e do Senai. Só o investimento com o centro custou R$ 250 mil.

Diferentes da minicarregadeira sobre rodas, as minis da Terex deslocam-se sobre esteiras. Com isso, segundo Juliano Félix Carneiro, diretor da Tauron, a máquina ganha uma flutuação superior graças ao reposicionamento do centro de gravidade. Esse tipo de tecnologia surgiu em Minnesota com o snowcat, um equipamento sobre esteiras para se movimentar na neve. As minicarregadeiras de esteira, com comando joystick, chegam ao mercado com preços na faixa dos 65 a 190 mil reais. Para Henrique do Rêgo Almeida Filho, além das obras urbanas esse perfil de máquinas se presta para a manutenção de estradas.

A Tauron preparou um evento para lançar a empresa no Paraná com um show de minis, que mostraram suas habilidades na pista de treinamento de Piraquara. As minicarregadeiras de esteira PT 30, PT 50, PT 60, PT 100 e a miniescavadeira TC 35 subiram e desceram rampas, descarregaram terra em caminhão, empurraram pedra e, ainda, acredite se quiser, encestaram bolas de basquete e marcaram golaços a partir da marca do pênalti. Tudo narrado pela voz do comediante e imitador Moisés Menezes.

Fonte: Estadão


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