O Grupo Accor inaugurou 25 hotéis no Brasil em 2014. Com isso, o maior operador hoteleiro do mundo passou a deter no País 205 hotéis, com as bandeiras Ibis, Novotel e Mercure, as mais importantes da rede, em 23 Estados, com 36 mil quartos no total. Nos próximos dois ou três anos, a empresa pretende dobrar a quantidade de acomodações na região das Américas, onde o Brasil ocupa lugar de destaque, de acordo com o diretor Técnico de Implantação e Patrimônio da Accor, Paulo Mancio.
“Queremos aumentar em mais 30 mil a quantidade de apartamentos na região, que hoje é de 47 mil, em 275 hotéis em operação”, afirma o executivo. O Brasil responderá por cerca de 22 mil novos quartos (mais de 70% do total na região). No mundo todo, a expansão deve ser de mais 136 mil unidades, em 780 novos hotéis. O grupo hoje opera 3,6 mil hotéis, com 460 mil quartos, distribuídos em 92 países.
Do total de hotéis abertos no Brasil em 2014 com a bandeira Accor, 22 foram erguidos do zero por investidores, mas sob rigorosa supervisão do grupo hoteleiro francês. “A partir do momento em que um investidor assina um contrato para erguer um empreendimento com a bandeira Accor, nossa área técnica entra em campo, transmitindo o conhecimento e os standards dos processos construtivos”, ressalta Mancio.
A definição da matriz de arquitetura é toda validada e acompanhada pela Accor. “Temos hoje 20 profissionais, a maioria engenheiros e arquitetos, que homologam os projetos feitos por escritórios externos, contratados pelos investidores”, explica o diretor. Segundo ele, a Accor não executa obras, mas acompanha de perto todas as etapas construtivas.
O projeto hoteleiro fica pronto em cerca de quatro ou cinco meses, o que inclui, além das checagens da área técnica da Accor, todas as etapas de aprovações nos órgãos competentes, entre os quais as prefeituras. As obras civis e as montagens dos móveis e equipamentos dos hotéis levam de um ano e meio até dois anos.
Segundo o diretor da Accor, o custo médio de um apartamento pronto da marca Ibis gira em torno de R$ 130 mil, dos quais entre 80% e 85% referem-se às obras civis. “Um hotel Ibis com cem apartamentos tem o custo de R$ 13 milhões, exceto o valor do terreno, que varia de acordo com a localização”, ressalta. Mancio.
Planejamento
O diretor da Accor ressalta que o planejamento detalhado da obra e o acompanhamento técnico dos especialistas da operadora contribuem para uma economia global de até 20% na obra. “Quando se tem um projeto bem estruturado, o índice de perda é muito pequeno”, afirma Mancio.
Segundo o executivo, nenhum empreendimento que receberá a bandeira da Accor tem início sem a fase de validação do projeto. Essa etapa preliminar, segundo o executivo, já faz parte do esforço da operadora hoteleira de tornar sustentáveis todos os empreendimentos em que atua.
Na construção dos hotéis, de acordo com Mancio, predominam o uso de materiais pré-moldados de concreto e banheiros pré-fabricados, elementos que reduzem o desperdício de materiais. “No nosso portfólio, entre 15% e 20% dos projetos executados ou em execução utilizam estrutura metálica”, afirma o executivo. Segundo ele, outro elemento sustentável que não gera praticamente resíduos nas obras. (José Carlos Videira)
Fonte: Revista O Empreiteiro