Responsável pela concessão de 3.250 km de rodovias, grupo investe R$ 1 bilhão em uma das obras mais complexas de engenharia rodoviária no País, a duplicação da BR-116 na Serra do Cafezal, na ligação entre
São Paulo e Curitiba
José Carlos Videira
No ano passado, a Arteris desembolsou R$ 1,9 bilhão em investimentos em obras de manutenção, melhorias e ampliação de rodovias administradas pela companhia em todo o Brasil. O montante investido foi recorde histórico desde o início da operação e 38% superior ao de 2013.
Desse montante, 87% foram direcionados a obras de rodovias de concessões federais e os 13% restantes a obras em estradas concessionadas estaduais. Até o final do prazo dos contratos de concessão, segundo a empresa, estão previstos investimentos de cerca de R$ 7,9 bilhões.
A companhia estima encerrar este ano com mais R$ 2,1 bilhões de investimentos em suas concessões, montante cerca de 10% superior ao R$ 1,9 bilhão aplicado no ano passado. Se confirmada essa previsão, a Arteris terá investido no Brasil R$ 6,4 bilhões em recursos acumulados desde 2012.
Entre os investimentos mais significativos que a empresa realiza no momento está o da duplicação da Serra do Cafezal, na rodovia Régis Bittencourt, no Estado de São Paulo. Tanto do ponto de vista financeiro (mais de R$ 1 bilhão de investimentos programados) quanto de desafios de engenharia (ver pág. 22), a obra, em apenas 30 km da rodovia, vai eliminar um gargalo logístico que há décadas atravanca a ligação São Paulo (SP) – Curitiba (PR), único trecho que ainda não havia sido duplicado.
A empresa também concluiu importantes obras de melhoria de infraestrutura rodoviária, entre as quais a da Avenida do Contorno, em Niterói, no Rio de Janeiro, e a do Trevão de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Essa última foi entregue com 16 meses de antecedência (ver págs. 22 e 24).
Outras obras complexas estão sendo executadas pelas concessionárias da Arteris. Entre elas, a duplicação do trecho de 176,6 km da BR-101/RJ, entre os municípios de Rio Bonito e Campos dos Goytacazes, que prevê a construção de 18 pontes e trabalhos para correção de traçado. Em Santa Catarina, outra obra de grande envergadura é a do Contorno de Florianópolis. A Arteris está construindo 50 km de uma nova rodovia em pista dupla que corta os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça. A obra inclui 14 km de viadutos e deverá desviar o tráfego de longa distância da região metropolitana da capital do Estado.
Com 6,5 mil funcionários diretos e 8 mil indiretos, 17% da extensão total de rodovias brasileiras sob concessão, mais de 1 milhão de usuários por dia e 16% de participação do mercado de receitas de pedágio, por onde passaram 726 milhões de veículos no ano passado, a Arteris é hoje uma das maiores operadoras de rodovias do Brasil.
Empresa aberta, controlada pela Partícipes em Brasil, que detém 69,3% do capital, a Arteris tem 30,7% das suas ações negociadas na BM&FBovespa. Em concessões estaduais, todas em São Paulo, a companhia controla a Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte. Em concessões federais, que abrangem os Estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a Arteris controla as concessionárias Autopista Fernão Dias, Autopista Fluminense, Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul e Autopista Régis Bittencourt.
CONCESSIONÁRIAS (ARTERIS) |
Estados |
Km |
Pedágios |
Período de concessão |
||||
Início |
Final |
Anos |
||||||
Total |
Restante |
|||||||
ESTADUAIS |
Autovias |
SP |
316,6 |
5 |
1998 |
2018 |
20 |
3 |
Vianorte |
236,6 |
4 |
||||||
Centrovias |
218,2 |
5 |
2019 |
21 |
4 |
|||
Intervias |
375,7 |
9 |
2000 |
2028 |
28 |
13 |
||
Total |
1.147,1 |
23 |
|
|
|
|
||
FEDERAIS |
Autopista Planalto Sul |
PR/SC |
412,7 |
5 |
2008 |
2033 |
25 |
18 |
Autopista Fluminense |
RJ |
320,1 |
5 |
|||||
Autopista Fernão Dias |
SP/MG |
562,1 |
8 |
|||||
Autopista Régis Bittencourt |
SP/PR |
401,6 |
6 |
|||||
Autopista Litoral Sul |
PR/SC |
405,9 |
5 |
|||||
Total |
2.102,40 |
29 |
|
|||||
TOTAL GERAL |
3.249,5 |
52 |
Arteris – Investimentos totais (Em R$ BILHÕES)
2015* |
2,1 |
2014 |
1,9 |
2013 |
1,3 |
2012 |
1,1 |
(*) Estimativa
Fonte: Revista O Empreiteiro