Aumento de competitividade e vida útil incrementa pós-venda

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Augusto Diniz

É comum relacionar os investimentos recentes das grandes marcas no pós-venda ao fato de as empresas quererem mostrar diferencial competitivo no mercado. Como resultado, a prática é capaz de aumentar a produtividade e a eficiência das máquinas dos seus clientes.

No entanto, há um outro componente importante nessa questão: a situação econômica nos últimos anos obrigou a indústria a oferecer suporte aos proprietários de equipamentos de forma mais prolongada. A Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), que realizou no início desse mês (junho), em São Paulo (SP), evento voltado a peças e serviços, lembra que o período econômico comprometeu a capacidade de investimentos em novas máquinas.

“A idade média das máquinas deve avançar por conta disso”, reconhece Mário Humberto Marques, vice-presidente da entidade. Por outro lado, a associação cita que a frota está operando com toda a sua capacidade nas obras que prosseguem pelo País.

Novidades em serviços

Na direção de oferecer mais serviços de pós-venda aos usuários, algumas marcas têm apresentado no primeiro semestre iniciativas e ferramentas importantes para atender ao mercado brasileiro nesse campo.

A Terex lançou na América Latina o programa “Minha Terex”, um canal de atendimento ao usuário de peças, serviços, garantia, suporte técnico e treinamentos 24 horas por dia e de segunda a segunda. O canal dispõe de central para auxiliar o atendimento do cliente por telefone. Caso no primeiro contato o problema não seja resolvido, a chamada é encaminhada para atendimento em campo por um profissional, que, dependendo do caso, pode realizar visita ao usuário. 

Volvo apresentou o sistema de telemática proprietário da marca chamado CareTrack. A tecnologia permite a gestão remota de frotas escavadeiras, caminhões articulados e pás-carregadeiras. Dentre os dados que o sistema informa das máquinas está o posicionamento,  consumo de combustível, horas trabalhadas, tempo de máquina parada, alarmes de manutenção, entre outros. O pacote pode ser instalado em equipamentos de outras marcas. 

LiuGong inaugurou centro de distribuição no Uruguai. De acordo com a marca chinesa, o CD, localizado na Zona Franca de Montevidéu, fornecerá peças e serviços aos clientes no próprio Uruguai, além de Argentina, Paraguai e Brasil. A escolha do local se deu pela proximidade com mercados-chave da empresa na América do Sul. 

XCMG, que inaugurou fábrica em Pouso Alegre (MG) este mês (junho), informou que está estruturando seu atendimento pós-venda no mercado da América Latina por conta da entrada em operação da unidade industrial. A empresa pretende estender a representação no Brasil, trabalhar com parceiros em alguns segmentos de máquinas para manutenção, e criar um site para venda de peças via internet. A empresa, no entanto, esclarece que a sua unidade em Guarulhos (SP) continuará sendo ponto central de distribuição de peças da marca na região.

BMC-Hyundai, cuja fábrica em Itatiaia (RJ) foi inaugurada há um ano, afirma ter investido R$ 25 milhões em peças de reposição para maquinário pesado no País. Já foram “finamizadas” pela marca sete máquinas e até o final do ano a meta é chegar a dez. A empresa transformou 17 concessionárias da marca no Brasil em filiais, o que otimizou o atendimento pós-venda e a familiarização com as necessidade de cada lugar, de acordo com a marca.

Palfinger também apresentou seu sistema de monitoramento de equipamentos em campo. Especificamente para guindastes, passou a oferecer controle remoto com visor dos indicadores de operação da máquina, como capacidade de elevação e indicador de sobrecarga.

Putzmeister inaugurou centros de serviço em Recife (PE) e Itajaí (SC) para ampliar o atendimento do pós-venda de suas máquinas. Os locais contam com estoque de peças planejado, estrutura de manutenção (oficina, ferramentas e carro de apoio), dentre outros itens. A rede conta ainda com discagem direta gratuita para tirar dúvidas e solicitar peças e serviços.

Schwing-Stetter lançou oficina móvel, veículo de apoio focado na manutenção de bombas de concreto, equipado com itens específicos para manutenção hidráulica, mecânica, elétrica e eletrônica.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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