As obras de readequação e melhorias no Trevo dos Pimentas, na rodovia Ayrton Senna (SP-070), na região de Guarulhos, na Grande São Paulo, foram concluídas com a promessa de reduzir a lentidão do tráfego local e beneficiar população estimada em 350 mil pessoas. As intervenções se localizaram no km 25 da Ayrton Senna, e nas marginais da rodovia, entre os km 24,8 e km 26, nos dois sentidos. Os investimentos totalizaram R$ 44,6 milhões.
As obras incluíram a construção de um novo viaduto, que, com o já existente, José Bastos Tenório, forma agora um binário de retorno (com cada um dos viadutos operando exclusivamente em um único sentido). O antigo viaduto faz o retorno à pista que leva a São Paulo (oeste), para quem trafega na Ayrton Senna no sentido interior (leste), ao passo que o novo viaduto faz o retorno inverso, conduzindo o motorista que trafega rumo a São Paulo (oeste) para a pista que leva ao interior (leste).
As intervenções compreenderam também a abertura de pistas marginais da Ayrton Senna, nos dois sentidos (com duas faixas de rolagem cada uma), que devem aumentar a capacidade local da rodovia em 40%, nas contas da Ecopistas, concessionária do corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto e responsável pelas obras.
O novo viaduto sobre a Ayrton Senna, em formato de ferradura, no km 25, possui duas faixas de tráfego e duas defensas, formando um tabuleiro com largura constante de 10,90 m e extensão de 252 m. Se as rampas de acesso forem incluídas na conta, o viaduto soma 600 m no total. A altura livre dessa obra de arte especial é de 7,20 m (pista leste, sentido interior) e de 7,80 m (pista oeste, sentido São Paulo).
Segundo os engenheiros responsáveis pelo projeto, o tabuleiro do viaduto é composto de vigas e lajes em forma de seção caixão. São seis vãos contínuos pelo eixo do tabuleiro, com comprimentos de 36 m, 44 m e 46 m. Os vãos foram executados sobre cimbramento convencional, e os blocos de fundação empregados medem 6,60 m x 6,60 m x 2,20 m (C x L x A). Para o cálculo dos esforços, o instrumentos escolhido foi o programa STRAP 2009 – Structural Analysis Programs, valendo-se de modelos planos e tridimensionais, com elementos de barra e placas.
Os acessos ao viaduto são de estruturas de concreto armado, com seção em forma de caixa, altura variável e fundações com estacas pré-moldadas, com 50 cm de diâmetro, para cargas de até 1.600 kN (kilo/newton).
Das obras do projeto, formalmente intituladas readequação geométrica, melhoria e ampliação da interseção do km 25 e obra na Marginal Ayrton Senna, entre os km 24 e km 26, participaram as empresas CSO Engenharia e Singulare Pré-Moldados em Concreto.
Tráfego não foi interditado mesmo durante a execução das obras
(Guilherme Azevedo)
Fonte: Revista O Empreiteiro