Brasil deveria arquivar o TAV e investir em metrô e trens

A revista O Empreiteiro mostrou em meses recentes os principais parâmetros do TGV na França e o TAV alemão operado pela Deustch Bahn — e, nesta edição, o Shinkansen japonês. Todas as três redes foram planejadas ao longo de décadas, antes de se construir o primeiro trecho, como componente de uma política de desenvolvimento regional, baseada numa rede ferroviária ampla, onde há trens metropolitanos e regionais, que alimentam as linhas rápidas.

Um aspecto crucial, pelas informações disponíveis, é que apenas a linha Tokaido Shinkansen entre Tóquio e Osaka conseguiu pagar seu custo de construção, após 17 anos de operação. Acredita-se que a linha Paris-Lyon na França tenha conseguido esse feito — embora haja analistas que apontam a ajuda dada pela estatal de energia francesa, que montou a rede elétrica do TGV por sua conta.

Definitivamente, os R$ 50 bilhões estimados para o TAV brasileiro, ligando Campinas a São Paulo e Rio de Janeiro, terão maior serventia, se aproveitados na melhoria do metrô e trens metropolitanos das principais capitais brasileiras. A população agradece.

Fonte: Revista O Empreiteiro

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