CCR defende atualização contínua do modelo de concessões

 
 
Trecho duplicado da Rodovia do Café, importante rota do agronegócio no Paraná. Obra da CCR RodoNorte
 
O Grupo CCR, um dos maiores operadores de infraestrutura do País, avalia positivamente a evolução do programa de concessões de serviços e obras públicas no Brasil, que no segmento rodoviário completa 20 anos em 2015. O ponto de partida da associação de interesses públicos e privados na operação de rodovias foi a assinatura do primeiro contrato de concessão, da ponte Rio-Niterói, em 1995, exatamente com os acionistas originais do Grupo CCR.

Vinte anos após as primeiras concessões públicas de rodovias, qual a avaliação do setor de concessões em geral, do ponto de vista da CCR, questiona a revista O Empreiteiro. “Ao longo desses 20 anos, o Brasil compreendeu como esse modelo é capaz de garantir os investimentos necessários para a atualização de nossa infraestrutura”, analisa Renato Vale, diretor-presidente do Grupo CCR. “Isso revela o amadurecimento do negócio de prestação de serviço em infraestrutura no País e o reconhecimento, por parte dos usuários, de que as concessões de rodovias, de aeroportos, de projetos de mobilidade urbana geram volumes importantes de investimentos para a modernização do País.”

 

 “O Brasil compreendeu como as concessões podem garantir os investimentos necessários à atualização

da nossa infraestrutura

Se o ingresso de capital privado como forma de acelerar melhorias e ampliações necessárias ao desenvolvimento da infraestrutura do País foi retirado da discussão meramente ideológica e incorporado como política de Estado, não significa, porém, que esteja de todo consolidado e isento de ajustes. A avaliação do Grupo CCR é de que o modelo necessariamente precisa de constante evolução, de modo sobretudo a garantir mais segurança ao processo, gerando confiança e atraindo novos investidores e mais investimentos. “É fundamental que, no modelo de concessões, o poder concedente, seja o governo federal ou os governos estaduais, mantenha e aprimore o marco regulatório, de forma a consolidar um ambiente de previsibilidade para os investimentos”, defende o diretor-presidente do grupo.

Vale: Previsibilidade para investimentos
 

Para a próxima rodada de concessões no País, fixada na segunda fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), anunciada em junho, com investimentos estimados de R$ 198,4 bilhões (R$ 69,25 bilhões previstos entre 2015 e 2018), importa, segundo Renato Vale, “que o governo se assegure de que os projetos oferecidos têm viabilidade econômico-financeira e ambiental”. Isto é, que faça uma lição de casa básica, pré-condição para o sucesso dos futuros leilões. Segundo Vale, a CCR segue atenta a novas oportunidades de negócios em infraestrutura e tem expectativa positiva em relação ao setor no Brasil. “Acreditamos que o lançamento da segunda etapa do PIL, além de oferecer concessões em áreas cruciais para o desenvolvimento do País, é a iniciativa capaz de dar uma sinalização importante para o restabelecimento da confiança dos investidores.”

Investimento anticrise

O dirigente da CCR está entre os que acreditam que o investimento na melhoria da infraestrutura do País é o “meio mais eficaz de garantir a retomada do crescimento econômico”. Como toda empresa de engenharia sabe, obras de infraestrutura movimentam grandes contingentes humanos, volumes expressivos de equipamentos e insumos e produzem a base sobre a qual atividades econômicas se estruturam e se multiplicam, para o desenvolvimento econômico e social de um país. E, para Vale, “o modelo de concessões, via parcerias com a iniciativa privada, pode alavancar esses recursos de forma eficiente e produtiva”.

 

 “O investimento na atualização da infraestrutura do País é o meio mais eficaz de garantir a retomada
do crescimento econômico

 

Como responsável por concessões públicas estratégicas, entre elas a da rodovia Presidente Dutra (que liga os dois grandes polos produtores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro), do sistema Anhanguera-Bandeirantes (mais importante corredor rodoviário entre a capital e o interior de São Paulo) e do aeroporto internacional de Belo Horizonte (quinto mais movimentado do País), cabe ao Grupo CCR difundir, diariamente, a viabilidade operacional de suas atividades e o benefício efetivo delas para o Brasil. As concessões se posicionam como (e precisam ser) modelos cujas marcas são a eficiência e a modernidade, exemplos de negócios saudáveis. Não é demais lembrar que um país é um sistema, em que tudo se relaciona, se comunica, colabora, isto é, em que nada funciona isoladamente, tudo é interdependente. Precisamos das concessionárias, de seu talento, de mais eficiência, de menos (má) política. Uma concessão modelar influi positivamente no resultado geral do todo.

O Grupo CCR, que emprega 13 mil colaboradores, administra 3.265 km de rodovias, aeroportos, metrô, barcas, entre outras empresas concessionárias, e movimenta um extenso número de fornecedores, gerando riquezas, tem a responsabilidade, como protagonista que é, de puxar a fila, de elevar o nível da qualidade da execução e dos serviços prestados. Sim, isso é grande.

Trevo do km 162 da Dutra, em Jacareí (SP). Obra da CCR NovaDutra prevista para janeiro
 
 

Principais fatos na história do grupo

1998 – CCR é formalmente constituída para administrar concessões rodoviárias estaduais e federais.

2002 – CCR abre capital e ações da empresa começam a ser negociadas na BM&FBovespa.

2003 – CCR adquire 38,25% do capital social da STP, que opera os meios eletrônicos de pagamentos Sem Parar/Via Fácil.

2005 – Empresa amplia atuação no Estado de São Paulo com a aquisição da concessionária ViaOeste, que administra 168 km de rodovias, incluindo trechos da Castello Branco (SP-280) e Raposo Tavares (SP-270).

2006 – A assinatura da primeira parceria público-privada do País tem participação da CCR: a de operação e manutenção da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.

2008 – Aquisição de 40% do capital social da concessionária Renovias, cujas rodovias ligam Campinas (SP) ao sul de Minas Gerais, e vitória na licitação para a concessão do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas (SP-21).

2009 – Empresa adquire 45% da Controlar, concessionária responsável por inspecionar toda a frota de veículos da cidade de São Paulo, do ponto de vista da emissão de poluentes.

2010 – CCR conclui a aquisição de 100% do capital social da SPVias, que administra 515 km de rodovias. Entra em operação o primeiro trecho da Linha 4-Amarela do metrô paulista.

2012 – Empresa compra 80% do capital social da concessionária Barcas S.A. Transportes Marítimos, a quinta maior operadora de transporte aquaviário do mundo.

– Marco da expansão das atividades do grupo para o setor aeroportuário, com a aquisição parcial de ações dos aeroportos internacionais de Quito, no Equador, de San José, na Costa Rica, e de Curaçao.

2013 – Em associação com outras companhias, a CCR vence a licitação do Veículo Leve sobre Trilhos do Rio, formando a concessionária do VLT Carioca.

– Conquista concessão do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG), para administrá-lo e explorá-lo comercialmente por meio da concessionária BH Airport.

– Vence leilão do trecho sul-matogrossense da BR-163, rota estratégica de transporte do agronegócio, com o compromisso de duplicar cerca de 800 km da rodovia até o quinto ano da concessão.

– Ganha a licitação da parceria público-privada para a operação e construção do Metrô de Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia. Prazo de concessão: até 2043. Compromisso: ampliar a Linha 1 e construir a Linha 2, totalizando, ao fim, 41 km de rede e 23 estações.

2014 – Grupo comemora 15 anos de atividades.

– Começam, em Mato Grosso do Sul, pela MSVia, as obras de melhorias e duplicação da BR-163. Desafio: prazo curto e questões ambientais críticas envolvendo a proteção do Pantanal.

2015 – CCR planeja investimentos que podem chegar a R$ 5 bilhões até o fim do ano.

Fonte: CCR – Setembro 2015

 

Principais investimentos da CCR em rodovias

Empresa

Investimento

Obras

MSVia (MS)

R$ 700,8 milhões

Duplicação de cerca de 90 km da BR-163/MS, construção e implantação das nove praças de pedágio, construção das 17 bases operacionais definitivas do Serviço de Atendimento ao Usuário e implantação de equipamentos e serviços de TI

NovaDutra (SP/RJ)

R$ 184,7 milhões

Construção do trevo do km 162 em Jacareí (SP), construção de novas pistas marginais em Guarulhos (SP, do km 211,6 ao km 216 sentido SP) e modernização e recuperação de pontes e viadutos

AutoBAn (SP)

R$ 183,6 milhões

Construção da terceira faixa da Via Anhanguera (SP-330), entre os km 128 e km 147

RodoNorte (PR)

R$ 196,3 milhões

Duplicação da BR-376 (Rodovia do Café – Ponta Grossa a Apucarana, PR)

ViaOeste (SP)

R$ 102,6 milhões

Prolongamento do contorno de São Roque (SP) na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), implantação da intersecção em nível no km 58 da rodovia e melhorias no dispositivo de intersecção em nível do km 74

SPVias (SP)

R$ 70,5 milhões

Recuperação de pavimento e faixas adicionais

ViaLagos (RJ)

R$ 51,7 milhões

Conclusão da divisória de pistas

RodoAnel Oeste (SP)

R$ 45,7 milhões

Obras de conservação

 

Fonte: CCR/Setembro 2015

 

Concessões e participações do grupo

Empresa

Setor

Atuação

CCR NovaDutra

Rodoviário

Administração dos 402 km da rodovia Presidente Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro

CCR ViaLagos

Rodoviário

Administração dos 57 km da Rodovia dos Lagos, que liga o Rio de Janeiro com a Região dos Lagos, que incluem Búzios e Cabo Frio

CCR RodoNorte

Rodoviário

Administração de 487 km de rodovias. Sistema abrange BR-277 e BR-376, ligação Curitiba com Ponta Grossa e principais cidades do norte paranaense; e PR-151, entre Ponta Grossa e Jaguariaíva

CCR AutoBAn

Rodoviário

Administração dos 320 km do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, no interior paulista

CCR ViaOeste

Rodoviário

Administração dos 168 km do Sistema Castello Branco (SP-280)-Raposo Tavares (SP-270), que liga a capital com o oeste paulista

CCR RodoAnel

Rodoviário

Administração dos 32 km do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, via de interligação rodoviária

Renovias

Rodoviário

Administração de 345 km das rodovias SP-215, SP-340, SP-342, SP-344 e SP-350, na região centro-leste do Estado de SP

CCR SPVias

Rodoviário

Administração de 516 km de trechos das rodovias SP-280, SP-255, SP-127, SP-270 e SP-258

CCR MSVia

Rodoviário

Administração dos 845 km do trecho da BR-163 que atravessa o Mato Grosso do Sul

ViaRio

BRT

Participação na concessionária que vai administrar a Transolímpica, no Rio, via expressa que ligará a Barra da Tijuca (Zona Oeste) a Deodoro (Zona Norte)

STP (Serviços e Tecnologia de Pagamentos)

Cobrança eletrônica

Operação dos sistemas de cobrança eletrônica de pedágios e estacionamentos (marcas Sem Parar e Via Fácil, entre outras)

Samm

Comunicação multimídia

Transmissão de dados em alta capacidade, presente nos Estados de SP, RJ e PR. Rede com mais de 3 mil km de fibras óticas subterrâneas

ViaQuatro

Metroviário

Participação na operação da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo

CCR Metrô Bahia

Metroviário

Construção e operação do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (BA)

CCR Barcas

Aquaviário

Operação do transporte aquaviário de massa no Estado do Rio de Janeiro. Com uma frota
de 24 embarcações, transporta, em média, 100 mil passageiros/dia

VLT Carioca

Ferroviário

Participação na construção e na futura operação da linha do Veículo Leve sobre Trilhos que ligará regiões portuária e central do Rio

Aeroporto de Quito

Aeroportuário

Participação na Quiport, concessionária do Aeroporto Internacional de Quito Mariscal Sucre, Equador

Aeroporto de San José

Aeroportuário

Participação na Aeris, concessionária do Aeroporto Internacional Juan Santamaria, San José, Costa Rica

Aeroporto de Curaçao

Aeroportuário

Participação na Curaçao Airport Partners, concessionária do Aeroporto Internacional de Curaçao

BH Airport

Aeroportuário

Administração do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte Tancredo Neves, Confins (MG)

 

Fonte: CCR/Setembro 2015

Fonte: Revista O Empreiteiro

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