Complexo Anhaguera

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O maior conjunto de intervenção viária na cidade de São Paulo entra na reta final

Com duas pontes concluídas, das três que fazem parte do Complexo Anhanguera – conjunto de intervenções que irá melhorar a ligação entre via Marginal, Anhanguera e bairros da região Oeste da cidade – a obra entra em sua fase final. A terceira ponte já teve os pilares levantados e prepara-se para receber as lajes de cobertura. Inserida no anel urbano, a obra da Concessionária ViaOeste que opera o sistema Anhanguera-Bandeirantes – tem custo estimado de R$ 410 milhões.
Sua execução foi negociada com o governo do estado como compensação pela ampliação do prazo de concessão, sendo considerada atualmente uma das mais importantes intervenções viárias na capital, ao lado das obras da Linha Amarela do metrô.
A primeira ponte do complexo, que liga o Bairro da Lapa à Via Anhanguera, tem 596 m de extensão, 3 faixas de tráfego e estimativa de 60 mil veículos/dia. A segunda ponte liga a Marginal do Tietê, sentido Castelo/Dutra, à Via Anhanguera, com 524 m de extensão, 2 faixas de tráfego e um volume estimado de 25 mil veículos/dia. A terceira ponte, de 260 m e duas faixas de tráfego, ligará a Via Anhanguera à Marginal Tietê (sentido Dutra), deve ser concluída até outubro.
As novas pontes e viadutos permitirão a reformulação do tráfego desde a Ponte Atílio Fontana, na Marginal Tietê, em São Paulo, até o Km 19 da Via Anhanguera, agilizando todo o tráfego com destino às cidades de Campinas e Jundiaí, Osasco e bairros da Lapa, Pirituba e Vila Leopoldina, onde localiza-se a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
O conjunto de obra inclui intervenções significativas, como o viaduto em curva que sai da Via Anhanguera em direção a Marginal Tietê (sentido Castelo Branco), com extensão de 315 m e duas faixas de tráfego. Estão sendo executadas melhorias no entrocamento com a Marginal Tietê – a atual Ponte Atílio Fontana – com obras de prolongamento e recuperação do pavimento nas margens esquerda e direita do Rio Tietê. Sob a ponte haverá ainda viadutos junto à rede CPTM, além de outro que dará acesso da região da Lapa para a Marginal Tietê (sentido Dutra), que deverá ficar pronta até março de 2010.

Ligação com Osasco

Do km 11 ao km 18 da Via Anhanguera estão construídos 14 km de vias marginais. Elas possibilitarão a separação do transporte rodoviário e municipal, diminuindo o risco de acidentes tanto para os pedestres quanto para os motoristas. As marginais terão paradas de ônibus e serão interligadas por passarelas.
No km 12 será implantado um viaduto destinado aos usuários do Bairro São Domingos que se destinam à Marginal Tietê. No km 15, viadutos religarão a avenida Mutinga, viabilizando um importante corredor urbano entre Pirituba, Vila Jaguará e Parque São Domingos. No Trevo do Jaraguá (km 18), os dois viadutos existentes serão demolidos e construídos outros quatro viadutos, novas alças e acessos para as avenidas localizadas nos dois lados da rodovia, além da implantação de um retorno no km 19 (já liberada ao tráfego). Com o aumento da fluidez do tráfego haverá também melhoria no deslocamento dos usuários e moradores de Osasco e bairros próximos.
Além da reordenação do tráfego local, com a consecutiva redução no tempo local, os usuários terão acesso ao atendimento prestado pela concessionária nas, como socorro médico e mecânico, monitoramento e operação 24 horas, painéis de mensagens variáreis, pavimento e sinalização de alta qualidade, telefonia de emergência proporcionando segurança e conforto.

Cuidados para reduzir o impacto

A Engelog, empresa que coordena as áreas de planejamento e de engenharia da CCR, grupo que compõe a Autoban, é a gerenciadora das obras do complexo. Responsável pelo planejamento da obra, a empresa procurou reduzir ao máximo impacto no tráfego local. Esta foi uma das razões que motivaram a adoção da técnica de balanços sucessivos para a execução das três transposições sobre a Marginal do Tietê.
Além disso, para evitar a criação de grandes áreas de canteiro e movimentação, em plena região de alto tráfego, optou-se pela manutenção de diversas frentes de trabalho, com a operação de mais de um canteiro em pequenos espaços. Segundo o presidente da Engelog, Paulo Rangel, a solução veio de encontro aos procedimentos discutidos junto à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e à prefeitura municipal, de evitar a instalação de canteiros em áreas de grande concentração urbana.
Entre outras estruturas do complexo se inclui também uma passarela projetada pelo escritório Enescil, do engenheiro calculi

sta Catão Francisco Ribeiro. A obra, construída pela Tranenge, compõe-se de duas vigas de 60 m de vão. Foram prémoldadas nas proximidades do local onde deveriam ser posicionadas – km 13 da Anhanguera – e dispostas, por guindaste, nos pilares, em operação realizada à noite, quando o movimento reduzido na rodovia favorecia o desenvolvimento deste trabalho. As peças esbeltas, têm um visual que as identificam, sendo providas de "aberturas" circulares que propiciam visibilidade para o entorno, além de terem função estrutural, uma vez que reduzem o peso específico das vigas.
O Consórcio formado pela Camargo Correa e Serveng Civilsan é responsável pela obra das três grandes pontes do complexo, além do viaduto do ramo 19. Já o viaduto do ramo 400 está sendo construído pela Jofegê, a mesma que em consórcio com a Estrutural, responde também pela obra similar no trecho entre os km 11 e 13. A Serveng, por sua vez, executa as obras adicionais de melhorias ao longo do trecho que vai do km 13 ao km 19.
A Engelog é responsável ainda pelo gerenciamento geral das obras, que tem a Ductor a frente do controle tecnológico e ensaios de qualidade dos materiais realizados pelo Instituto Falcão Bauer. O monitoramento do comportamento da estrutura, durante a fase de construção, ficou por conta da LSE e a EGT Engenharia respondeu pelo desenvolvimento dos projetos estruturais, enquanto a CanhedoBeppu executou os projetos de todo o sistema viário.

Fonte: Estadão


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