Complexo combina hotéis com centro de convenções de 55 mil m2

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Perspectiva artística do Royal Palm: Opção para grandes eventos na região de Campinas (SP)

 

Royal Campinas – Convention Business & Hotels segue lógica da complementaridade para atrair grandes eventos

Guilherme Azevedo – Campinas (SP)

 

Um complexo corporativo e hoteleiro, de 110 mil m2 de área construída, deve movimentar os negócios da região metropolitana de Campinas (SP) a partir do segundo semestre de 2018, quando estiver inteiramente pronto e ativo. O Royal Campinas – Convention Business & Hotels se constitui de um centro de convenções (com auditório para 4,5 mil pessoas), um hotel de categoria quatro estrelas (com 226 quartos), um hotel de categoria três estrelas (com 310 acomodações), três torres comerciais (duas corporativas, com 34 salas cada; e uma de escritórios menores, com 143 unidades) e um mall (com 54 lojas, incluindo praça de alimentação).

O empreendimento se situa em Campinas, contíguo à Rodovia Anhanguera (SP-330, essencial via de ligação entre São Paulo e a região de Campinas) e à Rodovia Santos Dumont (SP-075, que leva ao Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas, um dos mais importantes do País) e, portanto, tem localização estratégica. O Royal Campinas é uma associação do grupo Royal Palm Hotels & Resorts, de Campinas, e da Odebrecht Realizações Imobiliárias, com valor geral de vendas estimado em R$ 500 milhões. Os números do investimento não foram divulgados.

As obras se iniciaram no último dia 11 de maio, com cerimônia oficial reunindo proprietários, autoridades locais e convidados. As obras começaram pelo edifício do centro de convenções, mas englobarão, simultaneamente, as demais instalações do complexo. A previsão é de que todo o projeto civil evolua num mesmo ritmo e esteja pronto no primeiro semestre de 2018, para receber instalações complementares e abrir portas no segundo semestre. O pico das obras deverá empregar 700 trabalhadores diretos.

 

Estrutura pré-moldada

Do ponto de vista da engenharia, o complexo será uma estrutura constituída majoritariamente de peças pré-moldadas de concreto (lajes alveolares, pilares e vigas) compradas de fornecedores locais e trazidas prontas ao canteiro. “A gente tem tudo para fazer uma obra de montagem”, descreve Claudio Luiz Zafiro, diretor regional da Odebrecht Realizações Imobiliárias, responsável pela obra.

No caso do centro de convenções, especificamente, com 55 mil m2 de área construída, as estruturas metálicas vão formar vãos livres a partir de 50 m, prescindindo de pilares e garantindo o espaço interno necessário para os eventos. O centro se chama Royal Palm Hall e terá, segundo os proprietários, o maior salão nobre do País, com 4,5 mil m2. O edifício possuirá ainda área de exposições de 3,7 mil m2, foyer de 1,66 mil m2 e salão de 600 m2, além de 33 salas de apoio.

A área mais corporativa do empreendimento inclui três torres comerciais, que se interligam por uma praça central de cerca de 2 mil m2. Duas delas, para grandes empresas, oferecem 34 salas de 210 m2 a 274 m2, que podem se juntar e formar estruturas de até 1 mil m2. A torre destinada a escritórios menores se constitui de dois tipos de salas: 16 com pé-direito duplo, localizadas no térreo, e outras 127 nos demais andares, com metragens que variam de 44 m2 a 84 m2.

 

Fachada e foyer do centro de convenções

 

Novo viaduto sobre a Anhanguera

O impacto das atividades locais sobre o tráfego viário será compensado com obras de mobilidade urbana, definidas em conjunto com a prefeitura local e executadas pelos empreendedores do novo complexo de eventos. A principal delas é a construção de um viaduto sobre a Rodovia Anhanguera, com extensão de 180 m e quatro faixas de rolamento (duas de cada lado). A estrutura interligará a Avenida Royal Palm Plaza, de um lado da rodovia, e o bairro Nova Europa, do outro. A obra do viaduto está prevista para começar no primeiro semestre de 2016 e terminar no final de 2017.

Do ponto de vista comercial, a expectativa é gerar negócios com a oferta de complementaridade de estruturas e serviços. Significa, segundo Antonio Dias, diretor-executivo do grupo Royal Palm Hotels & Resorts, que o empreendimento terá a infraestrutura completa (hotelaria, alimentação, serviços) para receber tanto o público convidado quanto a equipe de produção dos grandes eventos e shows que almeja receber. Hoje, segundo ele, o grupo tem deixado de atender o segmento de eventos de grande porte, por não dispor de estrutura condizente nem no tamanho nem na diversidade. “Para o organizador, é importante que a equipe esteja perto do local. Por isso, teremos diferentes opções de hospedagem e de alimentação, para diferentes públicos”, resume Dias.

Ao lado do futuro complexo, o grupo Royal Palm Hotels & Resort mantém os quatro empreendimentos da rede: Royal Palm Plaza Resort Campinas (384 apartamentos), The Palms (cinco estrelas, 116 quartos), Royal Palm Tower (226 acomodações para viajantes a negócios) e Royal Palm Residence (para longas estadias). Os dois hotéis do complexo, portanto, complementarão e ampliarão as opções disponíveis. Segundo o empresário, a expectativa é receber, no centro de convenções, cerca de 800 eventos por ano, com faturamento de R$ 50 milhões anuais. O faturamento esperado com cada um dos hotéis é de R$ 20 milhões ao ano. Centro de convenções e hotéis deverão empregar 650 funcionários diretamente.

 

Confiança

Questionado, durante a cerimônia que marcou o início das obras, sobre os riscos de investimento no País em meio à crise atual, Antonio Dias se mostrou confiante: “É uma crise muito mais política do que econômica. Temos plena confiança de que, em 2018, quando iniciarmos a operação aqui, a economia vai estar num novo momento”.

 

 

Ficha Técnica – Royal Campinas
Convention Business & Hotels

 

– Localização: Campinas (a 99 km de São Paulo)

– Proprietários: Royal Palm Hotels & Resorts e Odebrecht Realizações Imobiliárias

– Valor geral de vendas: R$ 500 milhões

– Início das obras: Maio de 2015

– Término das obras: Primeiro semestre de 2018

– Construção: Odebrecht

– Projeto de arquitetura: Ricardo Julião

– Arquitetura de interiores: Débora Aguiar e Fernanda Marques

– Projeto de paisagismo: Benedito Abbud e Ana Maria Bovério

 

 

PIB regional
é de R$ 100 bilhões

 

Os vinte municípios que formam a região metropolitana de Campinas são responsáveis pela produção de R$ 98,42 bilhões em riquezas, ou 2,6% de toda a riqueza produzida no Brasil, segundo dados do IBGE (2012). Com PIB de R$ 42,766 bilhões (IBGE, 2012), Campinas é o décimo primeiro município mais rico do País e o terceiro do Estado de São Paulo, atrás apenas da capital, São Paulo, e de Guarulhos. A população da região é estimada pelo IBGE (2014) em pouco mais de 3 milhões de habitantes.

Por dispor da melhor infraestrutura rodoviária do Brasil (as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, por exemplo, figuram seguidamente nas primeiras posições da pesquisa CNT de Rodovias, que mede a qualidade da malha brasileira) e estar próxima de grandes centros urbanos, é objeto de desejo de grandes empresas, que ali vêm se estabelecendo.

No segmento de máquinas de construção, por exemplo, a região metropolitana de Campinas tem atraído diversos fabricantes, que instalam escritórios, fábricas e centros de distribuição de peças. Um desses casos recentes é o da John Deere, em Indaiatuba, para onde mudou seu escritório administrativo, em 2012, e ali construiu duas novas fábricas, em atividade desde o começo do ano passado. (Guilherme Azevedo)

Fonte: Revista O Empreiteiro


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