O leilão para a concessão Nova Raposo está movimentando o setor rodoviário em 2024. CCR, Ecorodovias, EPR e Via Appia apresentaram propostas na B3, Bolsa de Valores de São Paulo, no último dia 25. O vencedor, que será definido no dia 28, precisará oferecer o maior valor de outorga – o mínimo estabelecido é de R$ 4,6 milhões. Estima-se que as obras exigirão investimentos de R$ 7,9 bilhões.
Sistema Castelo-Raposo – foto da Via Oeste
Detalhes da concessão e lotes disponíveis
O Sistema Castelo Branco-Raposo Tavares foi dividido em dois lotes: Nova Raposo e Rota Sorocabana. A Nova Raposo engloba 92 km de rodovias, incluindo trechos das SP-280, SP-270 e SP-029, além do segmento Cotia-Embu, paralelo ao Rodoanel Oeste. A nova concessão será válida por 30 anos e beneficiará 10 cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
O primeiro lote, a Rota Sorocabana, foi leiloado em outubro e arrematado pela CCR, que ofereceu uma outorga de R$ 1,6 bilhão. Este lote inclui obras de duplicação, correções de traçado e melhorias em 450 km de extensão, com investimentos estimados em R$ 7,3 bilhões.
Investimentos e desafios das obras
O projeto da Nova Raposo prevê:
- Continuidade das vias marginais;
- Implantação de faixa adicional entre a capital e Cotia;
- Duplicação da SP-029 e do trecho Cotia-Embu;
- Obras em desnível para melhorar os acessos à Raposo Tavares.
Essas melhorias são necessárias para modernizar o sistema viário e atender ao crescimento da demanda de mobilidade urbana. As intervenções mais complexas devem ocorrer nos primeiros sete anos da concessão.
Controvérsias e resistência local ao projeto
Apesar do potencial de modernização, a concessão enfrenta resistência de grupos locais, como o movimento “Nova Raposo, Não!”. Uma pesquisa encomendada por esse grupo revelou que 63% dos moradores desconhecem o projeto, o que levanta preocupações sobre os impactos sociais e ambientais.