Obras visam eliminar conflito de tráfego

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A Autopista Fernão Dias, concessionária do Grupo Arteris, realiza importante trabalho na altura do KM 477+690, na região de Contagem, na Grande Belo Horizonte (MG). No local, desenvolve-se a construção de uma passagem em desnível inferior, tipo trincheira de 400 m de extensão e 12 m de largura, que ligará os dois lados da Avenida General David Sarnoff, no bairro Cidade Industrial.

O serviço está sendo executado na avenida por que ela faz entrocamento com a Fernão Dias, gerando conflito entre o trânsito local e o de longa distância. A previsão de entrega das obras é até o final do ano.

A Lacerda Projetos e Consultoria (LPC) fez a fiscalização e Acompanhamento das obras. Segundo a empresa, foi mobilizado um engenheiro que permaneceu full time no canteiro durante as execuções, fazendo com que ocorressem poucas intercorrências.

De acordo com a descrição geométrica do projeto, o conjunto passagem inferior-contenções da Avenida General David Sarnoff possui seção transversal com 12m de largura (medidos entre faces internas) e altura variando de zero nos extremos a um valor máximo de 6,90 m (nas proximidades da BR 381) ao longo de seus 33,60 m de comprimento.

As paredes das contenções e da passagem inferior serão constituídas de perfis metálicos cravados cujo espaçamento entre eixos foi de 80 cm. Para garantir a compatibilidade de deformações entre perfis adjacentes e proporcionar apoio à barreira tipo New Jersey (barreira obrigatória em toda a extensão da obra), serão utilizadas vigas de equalização em concreto armado e moldada in loco. A fim de minimizar os campos de deformações oriundos dos gradientes de temperatura nas paredes, é proposta a execução de juntas de dilatação com cm de espessura e espaçadas a cada 20 m.

Para vedação da parede foi empregado placas de concreto pré-fabricadas e fixadas aos perfis por meio de consoles metálicos soldados nas mesas dos perfis. A fim de promover regularidade da parede de fechamento, as placas pré-fabricadas terão sua face interna afastada em aproximadamente 10 cm em relação às mesas dos perfis. Para evitar a fragilidade das placas de fechamento, o espaço entre as placas e os perfis será preenchido com o uso de concreto magro.

A drenagem da face interna das paredes de vedação será realizado por meio de tubos porosos envolvidos e manta geotêxtil apropriada. O sistema de drenagem será posicionado e fixado entre cada par de perfis antes do posicionamento das placas pré-fabricadas. Ressalta-se que a manta geotêxtil empregada no sistema de drenagem é composta de material poroso (propriedade que garante o correto funcionamento da manta) – sendo assim, caso o concreto magro entre a placa pré-moldada seja aplicado diretamente sobre a manta à mesma perderá sua função. Frente a tal situação, será proposta uma proteção à manta por meio de pranchões de madeira.

Na região onde a BR-381 intercepta (em nível superior) a Avenida General David Sarnoff, será projetada uma laje superior composta de vigas pré-fabricadas posicionadas lado a lado e solidarizada posteriormente a viga de equalização da parede.

As regiões onde as paredes teriam a única função de conter o solo de sua face posterior possuem altura variando de 1,45 m a 7,20 m. Nas regiões muito altas (acima de 3,15 m aproximadamente) tais paredes foram estroncas a fim de minimizar os deslocamentos do seu topo, bem como, reduzir a magnitude dos esforços solicitantes. As estroncas utilizadas nas contenções foram compostas de vigas pré-fabricadas e posicionadas de forma a respeitar um gabarito mínimo 5,50 m a contar do greide da Avenida General David Sarnoff.

A fim de evitar deformações oriundas de deslocamentos não previsto no solo sob a Avenida General David Sarnoff, foi proposto que seja realizado um estroncamento do fundo da passagem. Para tal será empregada uma viga longitudinal (visando à compatibilização dos deslocamentos inferiores) e estroncas em concreto armado.

Como processo construtivo da OAE em análise, foi proposta a seguinte sequência construtiva: cravação dos perfis metálicos; concretagem das vigas de equalização – primeiro estágio; posicionamento das escoras superiores; concretagem das vigas de equalização – segundo estágio; processo de escavação; posicionamento do sistema de drenagem e execução da longarina inferior; instalação das placas pré-fabricadas; e posicionamento das estroncas inferiores.


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