Construção do aeródromo na década de 70 teve inovações

A construção do Aeroporto do Galeão, na década de 1970, foi destaque na engenharia brasileira naquela época por causa da implantação da primeira pista de concreto protendido do País, realizada a partir do processo alemão Dywidag, além de um trem concretador, capaz de proporcionar alta produção.

Na aplicação do processo de protensão Dywidag, era preciso desenvolver a placa na profundidade correta para o novo aeroporto. A alta produtividade obtida com o método causou surpresa.

Alemães vieram para o Brasil transferir tecnologia, mas conseguiam produzir, no máximo, sete placas no mês. Os brasileiros aprenderam tão bem o processo que chegaram ao recorde de 51 placas mensais.

O trabalho exigia cuidado para que as placas não fissurassem devido ao atrito delas com o solo, enquanto o concreto ainda apresentava baixa resistência.

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Assim, era necessário aplicar protensão nos cabos quando o concreto ainda tinha baixa resistência e aumentá-la gradativamente.

Para proteger as extremidades dos cabos de aço protendido Dywidag e, para evitar a corrosão, os engenheiros brasileiros tiveram a ideia de utilizar copos plásticos de café cheios de uma mistura epóxica.

A solução, embora simples, agradou muito os alemães.

Outro aperfeiçoamento brasileiro ao método alemão foi a criação de uma espécie de ábaco, desenvolvido com base em medições das primeiras placas concretadas. Ele permitia que as extremidades das várias faixas de concretagem de uma mesma placa (seis faixas na pista de pouso e três na de rolamento) ficassem perfeitamente alinhadas depois de prontas.

Cada faixa tinha cerca de 100 m de comprimento e era ajustada de acordo com a hora de concretagem e a temperatura. Dessa forma, depois da protensão, as extremidades tinham o mesmo alinhamento, coisa que até então não tinha sido conseguida na Alemanha. Embora do ponto de vista técnico não fosse relevante, o cuidado garantia um resultado estético perfeito.

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi inaugurado em janeiro de 1977.
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Em 1992 foi iniciada a construção de um segundo terminal de passageiros do aeroporto. Uma das inovações do Terminal 2 foi uma estrutura espacial sustentando a laje pré-moldada de cobertura, com vão de 37 m, algo inédito no País, que substituiu a laje de concreto tradicional. Outra mudança em relação ao primeiro terminal, que teve sua estrutura em concreto toda moldada in loco, foi a utilização de vigas pré-moldadas.

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Já o edifício garagem foi executado com estrutura mista, incluindo laje steel deck.
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(Fonte: acervo revista O Empreiteiro)

Fonte: Redação OE

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