Em outubro de 2013, a Azevedo & Travassos (A&T) firmou contrato com a Petrobras para a construção e montagem dos dutos terrestres (OCVAP) I e II. Esse empreendimento interligou a Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA) à Refinaria Henrique Lage (REVAP), ambas em São Paulo, incluindo instalações específicas na UTGCA e na REVAP, em Caraguatatuba e São José dos Campos, respectivamente. O assentamento dessas tubulações foi realizado de forma simultânea em duas valas.
A execução deste contrato, que passou pelas cidades de Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro e São José dos Campos, envolveu aproximadamente 1.200 profissionais que atuaram em frentes de serviço distintas.
Cada duto desse empreendimento possui aproximadamente 68 km de extensão e 8” de diâmetro. O Duto OCVAP I transfere GLP, enquanto o OCVAP II transfere C5+, ambos da UTGCA para a REVAP, seguindo o mesmo traçado do GASTAU (Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté).
O contrato exigiu dos profissionais da Azevedo & Travassos conhecimento e capacidade técnica para enfrentar os mais diversos desafios de engenharia, como os que seguem em destaque:
– Trabalho em terrenos inclinados – Para executar suas atividades, os profissionais da A&T tiveram que enfrentar rampas com inclinações da ordem de 37° a 44° em trechos com extensões de até 4 km. Nesses trechos, para a utilização de máquinas e equipamentos, como por exemplo, escavadeiras, tratores e side-boom, visando à segurança de todos, fez-se necessário o procedimento de ancoragem. Em um dos trechos mais desafiadores existiam canaletas estaqueadas feitas de concreto armado, longitudinalmente e transversalmente, em toda a sua extensão.
– Construção de áreas de válvulas – Ao longo dos 68 km de duto foram feitas oito áreas de válvulas, sendo quatro delas de válvulas acionadas remotamente e quatro com acionamento local. Na área de válvulas do km 16 da faixa de duto foi necessário fazer uma terraplanagem com três bermas.
– Construção de áreas de bombeamento, medição, controle e de lançamento e recebimento de pigs nas extremidades de cada duto – Foram instalados nas estações UTGCA e REVAP dois lançadores de pigs, válvulas motorizadas, transmissores e indicadores de pressão, temperatura, vazão e densidade, além de uma grande quantidade de tubulações que servem de interligação entre o sistema de bombeamento e o duto. Na UTGCA foram instalados quatro skid’s moto-bombas principais, quatro auxiliares e um sistema supervisório para a operação automática do duto, permitindo, assim, operação remota e local. Toda a transmissão de dados é feita através de uma rede de fibra-ótica instalada na faixa com sistema de segurança avançado (SIL).
Além dos desafios de construção associados à geografia local, próximo à Serra do Mar, foram desafiadoras as exigências ambientais, uma vez que o duto OCVAP passou por áreas de preservação ambiental. Por conta disso, a A&T foi responsável por conduzir diversos programas ambientais, tais como o Programa de Educação Ambiental, de Gestão do Patrimônio Cultural (arqueologia), de Salvamento da Fauna e de Monitoramento de Qualidade da Água nas travessias de corpos d’água.
Fonte: Redação OE