O consórcio formado pelos grupos chineses CCCC (China Communications Construction Company) e CR20 (China Railway 20 Bureau Group) foi o vencedor do leilão para construção e operação da ponte entre Salvador e Ilha de Itaparica, na Bahia. O valor total do contrato é de R$ 7,6 bilhões e sua implantação se dará na modalidade de parceria público-privada (PPP). O prazo de concessão é de 35 anos.
O empreendimento terá 12,4 km de extensão e se constituirá na maior ponte sobre lâmina d’água da América Latina, superando a Rio-Niterói (8,8 km), ocupando a 23ª posição no ranking mundial de pontes. O objeto do contrato inclui ainda acessos viários em Salvador, com extensão de 4,60 km, nova rodovia expressa, a ser construída na Ilha de Itaparica, com 21,41 quilômetros, e recuperação e ampliação de trecho da rodovia BA-001.
“A construção aproxima não apenas a capital da ilha, mas também vai promover o desenvolvimento de diversas regiões do estado, como o sul do Recôncavo, Baixo Sul, Oeste da Bahia, além de todo o litoral sul e Região Metropolitana. O potencial de crescimento é muito grande”, avalia Chang Yunbo, chairman da CCCC South America.
Uma das metas da CCCC é investir em concessões e projetos privados de infraestrutura de transportes de forma completa, de modo a integrar vários tipos de capacidades – projeto, construção, operação e financiamento.
Um dos maiores conglomerados de infraestrutura do mundo, a CCCC fincou os pés no país ao adquirir o controle da Concremat Engenharia, em 2016. A empresa brasileira será a líder do consórcio responsável pelas obras, ao lado de duas chinesas especializadas em construção de grandes pontes. O grupo participou diretamente do desenvolvimento e implantação de seis das dez pontes sobre o mar com as maiores extensões do mundo, incluindo a que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai (maior ponte marítima existente, com mais de 50km), na província de Cantão, na China.
No Brasil, a CCCC também é controladora de um porto privado multicargas em construção em São Luís, capital do Maranhão e está à frente de um projeto de R$ 1,5 bilhão para instalar uma laminadora de aços planos em Marabá, sudeste do Pará.