“Estou convencido de que se a gente fizer as coisas acontecerem, trabalhando em três turnos em todas as obras de rodovias, em todas as hidrelétricas, em todas as ferrovias, em todos os projetos habitacionais, aonde for possível a gente contratar três trabalhadores, tenho certeza de que essa crise vai voltar rapidinho onde ela nasceu e vai deixar o Brasil em paz”, disse.
Segundo o presidente, a contratação de mais trabalhadores “vai gerar mais emprego, o emprego gera salário, o salário gera consumo, e essas três coisas juntas fazem com que a economia brasileira volte a rodar”.
O presidente destacou a necessidade de se fazer investimentos neste momento.
“Antigamente, os empresários tinham dificuldade de fazer obras com o governo porque normalmente o governo não tinha dinheiro.
Então os empresários assinavam contrato e ficavam na expectativa que o governo pagasse em dia.
Às vezes, o governo atrasava o pagamento e os empresários iam diminuindo o potencial de trabalho, diminuindo as máquinas, os trabalhadores (…) ou seja, o Brasil ficou campeão de obras não concluídas.
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‘Rede socialista’
Lula justificou a necessidade da construção de um linhão entre Rondônia e São Paulo relembrando o apagão energético ocorrido no Brasil. “O apagão aconteceu porque a gente não tinha linha de transmissão. Nós tínhamos excesso de água no Sul do país, sobretudo no Rio Grande do Sul, e problema de água no Sudeste. Como a gente não tinha linha de transmissão, estava jogando água fora de um lado e de outro lado estava com outros estados com problema de energia”, disse.
Segundo ele, um linhão ligado diretamente a uma cidade, e não a várias, economiza energia.
Lula também defendeu que o Brasil seja interligado por linhões como uma “teia de aranha”.
“Se os rios secarem e não produzirem um megawatt aqui, você transporta energia do Nordeste, do Amazonas ou do Sul pra cá.
E assim o Brasil vira quase que uma cooperativa.
É uma rede comunista de transmissão de energia elétrica. É uma rede socialista de transmissão de energia elétrica. É um pedaço do Rio Madeira contribuindo com o Tietê.”
Fonte: Estadão