Copel e Engie se unem para disputar leilão de LTs em junho

Com o objetivo de participar em consórcio da concorrência de três blocos de LTs localizados na região Sudeste do país, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Engie Brasil fecharam parceria, e irão disputar juntas, o primeiro Leilão de Transmissão Aneel 01/ 2022. A estratégia das empresas se explica porque os lotes ofertados exigem investimentos altos e participar em conjunto pode dar mais competitividade, sem prejudicar a capacidade de investimento das empresas. A notícia foi divulgada no jornal O Valor desta quinta-feira, 19. O leilão de 2022 está previsto para acontecer no dia 30 de junho e deverá viabilizar R$ 15,2 bilhões em investimentos. 

O Termo de Compromisso foi firmado com a subsidiária Copel Geração e Transmissão, que será responsável por 49% da participação, e a Engie com 51%. “Como os lotes ficaram maiores (no leilão), serão necessárias empresas que tenham maior capacidade de caixa, de balanço, engenharia e execução. Então se compete com ‘players’ de maior nível”, disse o CEO da empresa, Daniel Slaviero, em entrevista no inicio de maio para tratar do balanço trimestral. 

De acordo com Slaviero, o arranjo é justificado pelo tamanho dos lotes, em especial os três primeiros, que demandarão investimentos de R$ 5 bilhões. Outro motivo para as parcerias pode ser a subida de preços em insumos como aço, alumínio e cobre, aumentando os custos de capital, capex e dívida. Apesar disso, o certame promete ser disputado. Devem estar no páreo EDP, Isa Cteep, CPFL, Alupar, entre outras. 

Leilão da Aneel 01/2022

Segundo o edital do Leilão nº 1/2022, o primeiro Leilão de Transmissão de 2022, além dos blocos que a Copel e a Engie irão disputar, o documento trata da licitação de 13 lotes para a construção e a manutenção de 5.291 quilômetros de linhas de transmissão e de 6.260 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações, com expectativa de investimento de R$ 15,3 bilhões no total. O leilão está marcado para 30 de junho de 2022 na sede da B3, em São Paulo. Os empreendimentos, com prazo de conclusão de 42 a 60 meses, contemplarão os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Dos R$ 15,3 bilhões de investimentos previstos, R$ 12,08 bilhões se concentrarão em Minas Gerais (Lotes 1 a 3), para escoamento da energia gerada por fontes renováveis.

Deixe um comentário