Ecopistas executa à risca os contratos firmados com a agência reguladora a fim de
recuperar o pavimento, monitorar o tráfego e atender à expectativa dos usuários
quanto à segurança e ao custo/benefício
A concessionária que, desde o dia 18 de junho de 2009, tornou-se responsável pela gestão e administração do corredor formado pelas rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto – a SP-70, que faz a ligação entre a cidade de São Paulo e o Vale do Paraíba, com 140 km de extensão, informa que já aplicou R$ 40 milhões do volume de R$ 130 milhões destinados a obras de recuperação e manutenção de pavimento e ao programa de segurança rodoviária.
A Ecopista faz parte da Ecorodovias, que detém cinco concessões, dentre elas, a Ecovias que administra o sistema Anchieta-Imigrantes. O controle da Ecorodovias pertence ao grupo paranaense C.R. Almeida que tem como sócio o grupo Impregilo, de Sesto San Giovanni, Itália.
"Nós temos obrigações contratuais com a Artesp, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo e vamos cumprir a agenda até o final do terceiro ano", revela Flávio Freitas, engenheiro e diretor superindente da EcoPistas. A lista de melhoramentos mínimos como a reforma dos quatro postos SAU e de praças de pedágio ou o plantio de espécies arbóreas, para dar alguns exemplos, segue as regras do edital da agência reguladora. Mas, além das obras, a concessionária garante a continuidade dos trabalhos de recuperação do pavimento e implantação de câmeras de monitoramento do tráfego. "Somos um caso raro de concorrência entre duas concessionárias privadas (no caso a NovaDutra da CCR), no mesmo trajeto. Por isso, cabe ao usuário escolher a melhor relação entre custo e benefício", diz Freitas.
Como parte do contrato de concessão, a Ecopistas se comprometeu a tocar as obras de reforma da Marginal do Tietê, fora da jurisdição da concessionária, para conectar os bairros, desde a altura dos estádios do Coríntians e da Portuguesa, entre o Tatuapé e Aricanduva, até o acesso ao aeroporto de Cumbica. As obras, à direita e à esquerda da marginal, incluiram a remoção e relocação de favela na alça da ponte Aricanduva. As obras do chamado lote 4 da Marginal do Tietê tiveram apoio da Dersa e da prefeitura que entrou com R$ 70 milhões.
Outra obra sob responsabilidade da Ecopistas será a pista marginal paralela até o aeroporto de Cumbica. Com um traçado paralelo à rodovia Presidente Dutra, esse trecho da Ayrton Senna cruza, sob jurisdição da concessionária, na divisa entre São Paulo e Guarulhos, o Parque Ecológico do Tietê.
História
A rodovia Ayrton Senna, antes conhecida como rodovia dos Trabalhadores, inaugurada em 1982, depois de mais de dois anos de obras, tinha um traçado inicial de 50 km. Nos primeiros anos, a estrada interligava apenas a capital à cidade de Guararema, na região do Alto Tietê. Com o novo trecho, foi inaugurado, em Guararema, um segmento de cinco quilômetros de acesso à rodovia Presidente Dutra. Em 1985, quando entrou em operação o Aeroporto Internacional de Guarulhos, surge a rodovia Helio Smidt (a SP-19/BR-610) que faz a ligação da Ayrton Senna com o aeroporto e uma interseção com a Dutra.
Em 1990, começou a sair da prancheta a continuação da rodovia dos Trabalhadores. Inaugurada em 1994, com o nome de rodovia Carvalho Pinto, com 70 km de extensão, segue de Guararema à Taubaté. Em duas décadas, a rodovia tornou-se uma das mais importantes vias para a distribuição da produção industrial das quase duas mil empresas instaladas no Vale do Paraíba, com destaque para a forte presença das indústrias do setor automobilístico, como Volkswagen, GM e Ford, e siderúrgico, como a Usiminas.
Além do papel econômico, a SP-70 cumpre importante atribuição turística no Estado de São Paulo. As duas estradas fazem a ligação entre a região metropolitana de São Paulo, o Vale do Paraíba, as praias do litoral Norte e a região serrana de Campos do Jordão, estância climática que atrai milhares de turistas no inverno. O lote Ayrton Senna-Carvalho Pinto faz parte do corredor de exportação Campinas-Vale do Paraíba. Segundo dados da Dersa – Desenvolvimento Rodoviário, circulam, por dia, cerca de 30 mil veículos na rodovia Ayrton Senna e em torno de 13 mil na Carvalho Pinto.
Saída aeroporto
A rodovia Hélio Smidt, composta por duas pistas com duas faixas de tráfego cada, separadas por canteiro central, tem capacidade para mais de quatro mil veículos por hora em cada sentido. Segundo estimativas da Dersa e da Polícia Rodoviária Federal, 22
mil veículos passam pelos pouco mais de 5 km da Helio Smidt, todos os dias. A rodovia presta uma homenagem ao ex-presidente da Varig, que faleceu em abril de 1990, em Nova Iorque. Nesse pacote de obras da EcoPistas, está prevista a obra de implantação de faixa adicional da rodovia Hélio Smidt, em direção ao aeroporto, entre o quilômetro zero e km 2,4, com construção prevista para este ano.
"Nesse momento, estamos trabalhando os projetos conceituais das futuras obras. Os projetos básicos ainda dependem de sondagens e estudos topográficos", adianta Freitas. Além da faixa adicional da rodovia Hélio Smidt e da marginal paralela ao Parque Ecológico do Tietê, a EcoPistas prepara a readequação do trevo dos Pimentas, que eliminará os cruzamentos em níveis; o prolongamento da SP-70 até a rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), em Taubaté, totalizando 6,8 km; a via de interligação com a Dutra, no município de Guararema; a interligação entre a rodovia SP-56 com a SP-70, no entroncamento em Itaquaquecetuba, e a continuação de 4,5 km da rodovia dos Tamoios (SP-099), em São José dos Campos. O restante da Tamoios pertence ao DER que estuda um projeto de duplicação. Até o final do ano, 78 quilômetros de faixas de rolamento devem ser recapeados e recuperados.
Melhorias
Além das obras das ampliações principais, estão contemplados outros melhoramentos do corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto: reforma de praças de pedágio; implantação de postos gerais de fiscalização implantação da infra-estrutura do sistema de controle de velocidade e para o sistema de decodificação de placas de veículos; construção das instalações de apoio operacional; sede da concessionária; edificações do serviço de atendimento aos usuários (reforma dos quatro postos SAU); implantação do sistema de telecomunicações implantação do sistema de comunicação com os usuários (0800); implantação do sistema de sensoriamento de tráfego (mais 36 câmeras com raio de alcance de até um 1,5 km, rotação de 360º, sem pontos negros); implantação de painéis de mensagens variáveis (informações sobre pontos de lentidão, acidentes e obras); recuperação de áreas de apoio; recuperação de passivos ambientais; plantio de espécies arbóreas; implantação das faixas de aceleração e desaceleração; implantação de faixas adicionais; implantação de vias marginais; e construção de passarelas para pedestres.
São Paulo sedia evento internacional
de infraestrutura rodoviária em 2011
O crescimento da economia brasileira vem consolidando o Brasil como um dos países emergentes com a economia mais aquecida. A questão da malha viária e rodoviária deverá passar um grande processo de melhorias, necessárias ao desenvolvimento de qualquer país. Com o objetivo de apresentar novas soluções para a construção de infraestrutura rodoviária, o evento Brazil Road Expo surge como um ponto de encontro de especialistas, empresários e autoridades. Organizado pelo Quartier Feiras e Eventos, o encontro acontecerá de 4 a 6 de abril de 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo.
A primeira edição terá 150 expositores nacionais e internacionais que ocuparão uma área de exposição de 11 mil m2, onde receberão cerca de 8 mil profissionais de construtoras, concessionárias, locadoras de equipamentos, empreiteiros e órgãos públicos. Os visitantes encontrarão novidades em pavimentação de asfalto, sinalização, equipamentos, iluminação pública, aditivos, bombas, caminhões, concreto, sistemas de gestão e informação, ferramentas e equipamentos de precisão, medição e de proteção individual.
Além da área de exposição, o evento contará com uma programação de palestras, congresso e seminários onde serão discutidos os principais gargalos do segmento. O Brazil Road segue uma tendência mundial de feiras, com um programa de conferências como a principal forma de promover a transferência de tecnologia entre expositores, visitantes e congressistas.
Fonte: Estadão