A Sabesp prevê investimentos de R$ 12,5 bilhões até 2020, com foco na ampliação da disponibilidade e segurança hídrica. Neste ano, os investimentos previstos são de R$ 1,8 bilhão, com destaque para a interligação entre as represas Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacias do PCJ). Ainda em 2016, a empresa de economia mista responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 365 municípios do Estado de São Paulo planeja seguir com investimentos para a implantação do novo Sistema Produtor São Lourenço, por meio de Parceria Público-Privada.
“Apesar da crise hídrica, mantemos também investimentos significativos nos sistemas de esgotamento sanitário”, afirma o superintendente de Planejamento Integrado, Dante Ragazzi. Ele destaca a ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos Barueri, a maior da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Dos R$ 3,5 bilhões que a Sabesp investiu no ano passado, 37% foram para obras de esgotamento sanitário, o equivalente a R$ 1,3 bilhão. O investimento incluiu ainda a execução de 226 mil novas ligações de esgoto, atendendo a 22,8 milhões de pessoas. “No interior, inauguramos oito ETEs e 27 estão em construção. Na RMSP, atingimos a marca de 4 mil km de tubulações entre redes, coletores-tronco e interceptores dentro do Projeto Tietê, que teve investimento de R$ 377,9 milhões em 2015.”
Estiagem
Mas a crise hídrica deu trabalho para a Sabesp no ano passado e exigiu uma corrida contra o tempo. “A prioridade, em 2015, foi a instalação de 10,5 km de tubulação para a transferência de 4 m³/s do braço Rio Grande da represa Billings até a represa Taiaçupeba, pertencente ao Sistema Alto Tietê, o segundo sistema mais impactado pela estiagem”, lembra Ragazzi.
O superintendente da Sabesp conta que a obra, que demandou investimentos de R$ 130 milhões, foi executada em apenas cinco meses. Em quatro meses, a Sabesp também concluiu a instalação de 9 km de adutoras e uma estação de bombeamento para transferência de 1 m³/s do rio Guaió, no município de Suzano, para a represa Taiaçupeba. Segundo Ragazzi, a obra custou 29 milhões “e acrescentou nova fonte de água bruta ao sistema integrado de abastecimento da RMSP”.
A companhia também investiu R$ 378,1 milhões no Programa Metropolitano de Água (PMA) para aumentar em mais 7 m³/s a produção de água tratada até 2018. Dentro do Programa Corporativo de Redução de Perdas, a Sabesp também investiu R$ 525 milhões, em 2015, na troca de redes, ramais, hidrômetros e intensa varredura em busca de fraudes.
Interior e Litoral
Em 2015, Ragazzi afirma que o interior vivenciou um cenário de normalidade. “Nos 26 municípios onde a situação de estiagem era de maior gravidade, investimos R$ 21 milhões na implantação de 100 km de adutoras e 55 novas captações emergenciais, abastecendo uma população de 1,2 milhão de pessoas”, destacou. No total, o superintendente calcula que foram investidos cerca de R$ 75,9 milhões em obras de abastecimento de água no interior.
Entre os destaques, estão a construção de três ETAs, das quais Sapucaí-Mirim, em Franca, que deverá estar concluída em fevereiro de 2017. “Vai ampliar a captação em 800 l/s, garantindo o abastecimento do município e região por, pelo menos, mais duas décadas.”
No litoral, em 2015, foram investidos R$ 172 milhões por meio do programa “Onda Limpa”. A Baixada também viu a conclusão da adutora do reservatório Tancredo Neves, em São Vicente, que demandou investimentos de R$ 1,9 milhão, além da troca de 60 km de novas tubulações nas nove cidades, a exemplo do bairro Ponta da Praia, em Santos, onde foram investidos R$ 2,3 milhões em mais de 2 km de novas tubulações. No total, em 2015, foram investidos R$ 68,3 milhões em ações de abastecimento. No bairro de Guaxinduba, em Caraguatatuba, foi inaugurada uma ETA compacta, com capacidade para tratar 180 l/s, que demandou investimentos de R$ 2,2 milhões.
Fonte: Redação OE