DER-SP vai investir R$ 12 bi

Nildo Carlos Oliveira

Até o final da atual administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) deverá investir R$ 12 bilhões em um conjunto amplo de obras. Serão serviços múltiplos de recuperação de pavimento, novos dispositivos de acessos, drenagem, sinalização e segurança. Para esse mutirão de trabalho, que já recuperou mil km de rodovias, está recuperando mais 3 mil km e deverá estender-se por mais 3 mil km e incluir atendimento a novas exigências logísticas, o departamento está cobrando de seus prestadores de serviços o cumprimento de um compromisso público de qualidade.

Com esse fim, ele acaba de celebrar, em sua sede, a assinatura de um termo de cooperação técnica para o “bom andamento do Programa Boas Vias”. O compromisso foi assinado entre o órgão, o Sindicato da Construção Pesada no Estado de São Paulo (Sinicesp) e o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco).

Pelos termos do documento, as empresas contratadas, vencedoras de licitações públicas, deverão seguir padrões rígidos do ponto de vista de projeto, execução e entrega final das obras. O entendimento é de que, conforme sinaliza Clodoaldo Pelissioni, superintendente do DER, o resultado final se traduza em redução de custos, maior durabilidade da obra concluída e entregue e a maior satisfação dos beneficiários: os usuários das estradas estaduais.

O engenheiro Silvio Ciampaglia, presidente do Sinicesp, diz que a assinatura do documento compreende uma nova fase no relacionamento do DER. Segundo ele, o que houve foi uma conquista no processo de colaboração do sindicato, que exerce uma função técnica, com os objetivos do governo.

O presidente do Sinaenco, João Alberto Viol, enfatiza que a entidade representa 23 mil empresas de arquitetura e engenharia consultiva, 10 mil das quais com sede no estado de São Paulo. Dentro da cadeia produtiva, a entidade vem repetindo, à exaustão, que os governos precisam investir e fazer obras, mas a partir de planejamento rigoroso e de projetos de engenharia bem elaborados. Lembra que o governo paulista, na gestão Alberto Goldman, estimulou o segmento, ao reconhecer que projeto de consultoria não pode ser contratado pelo menor preço, mas pela melhor solução técnico-econômica.

O secretário estadual Saulo de Castro Abreu, de Logística e Transportes, considera o termo de cooperação técnica como uma contrapartida: quanto mais recursos forem disponibilizados para os serviços a ser executados pelas empresas, maiores serão as exigências de melhor qualidade técnica previstas para as obras.

Ele entende que a disponibilização de recursos internacionais, buscados com a Corporação Andina de Fomento (CAF) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina, justifica a licitação internacional das obras rodoviárias e significa o reconhecimento de que as empresas trabalharão com lisura e qualidade. As empresas que operarem segundo os termos de cooperação técnica ali assinados receberão o selo de qualidade expedido pelo DER-SP.

Reciclagem a frio BR-222– As obras de restauração e conservação da rodovia federal BR-222 vêm sendo executadas com a utilização da reciclagem a frio – método que permite a diminuição do uso de material e contribui para a redução do consumo de energia. Além da economia, a mistura dos materiais in situ, como água e agentes estabilizantes, garante a qualidade da obra, que é executada com o uso de uma recicladora Wirtgen WR2000. O equipamento pertence à Recipav, de Pernambuco, e foi alugado pela construtora Camter para a realização do projeto.

Fabricante de carretas desafia caminhoneiro– Noma do Brasil elaborou um exemplo de cálculo econômico para o transportador que utilizar os implementos da nova linha Fênix. O produto escolhido para o teste foi o implemento de carga Bitrem Graneleiro. Após pesquisa com caminhoneiros que fazem a rota entre Rondonópolis (MT) e o porto de Paranaguá (PR), a empresa concluiu que, como o Bitrem Graneleiro pesa no mínimo 380 kg menos que outros implementos deste segmento, o caminhoneiro teria um ganho proporcional de R$ 57 por frete – o que representa R$ 228 no mês e R$ 2.736 no ano, em quatro fretes por mês.

Compactador de alta velocidade– A Dynapac, empresa especializada em compactação e pavimentação, está fornecendo o compactador tamping CT300, de 21 t, na construção do trecho leste do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O equipamento pode ser utilizado em solos argilosos e siltosos e em obras que requerem grande movimentação de terra. De acordo com a empresa, seu diferencial é a compactação em alta velocidade, que por meio de alto torque e rápida aceleração, atinge 21 km/h em curto espaço de tempo.

Recicladora de asfalto oferece desempenho– A recicladora de asfalto RM500 tem como função a reutilização da capa e base do asfalto, aplicando ou não novos agregados ou aditivos como água, emulsão e cimento para ser parte da nova pavimentação. O equipamento é produzido pela Caterpillar e distribuído pela Pesa – revendedora dos equipamentos da fabricante na região Sul do País. Possui motor Cat C15 com tecnologia Acert, que combina grande cilindrada e alto torque. O equipamento oferece potência bruta de 403 kW (540 hp) e largura de corte de 2.438 mm (96”).

Escavadeira de 50 t é opção para obras– O projeto de construção de uma fábrica de celulose no Norte do País exigiu da Gigante Rental – locadora de equipamento sediada na cidade de Campo Grande (MS), a busca de um equipamento de escavação de alta capacidade. Para esta obra, optou-se pelo uso da escavadeira hidráulica, marca Hyundai, modelo R500. A escavadeira possui caçamba com a capacidade de volume de 3,2 m³.

Teste na BR-376 aprova uso de Gap Graded– Com o objetivo de diminuir em cerca de 20°C a temperatura de usinagem e, consequentemente, a compactação da massa asfáltica em pista, foi realizada, na BR-376, um trecho experimental de granulometria Gap Graded, utilizando a Ecoflex 3G, da Greca Asfaltos. A experiência foi conduzida com dois tipos de mistura: utilizando o Ecoflex B e o Ecoflex B-3G junto ao Gap Graded. O resultado constatou redução da temperatura e de gases provenientes da usinagem, economia de combustível, aumento da produção da usina, aplicação e compactação facilitada.

Fonte: Padrão

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