Do Brasil para o exterior

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Os estrangeiros ficavam pasmados diante da ousadia dos projetos de Niemeyer. Quando aqui lhe disseram: “Lugar de arquiteto comunista é em Moscou”, ele não foi para Moscou, mas para outras regiões do mundo, pois convites não lhe faltaram. Os pedidos lhe chegaram de De Gaulle e de Andre Malraux, que até criou para ele uma lei especial permitindo que trabalhasse na França como arquiteto. Além disso, o presidente Boumedienne convocou-o para a Argélia e o empresário Giorgio Mondadori, para a Itália.

Mas os traços de Niemeyer desafiavam qualquer imaginação e exigiam a maior criatividade da engenharia nacional, por conta da liberdade plástica e da obsedante inclianação para as curvas e os imensos espaços livres.
Certa feita alguns empreendedores, visitando obras do mestre na França, perguntaram-lhe o que ele costumava fazer quando seus projetos, tão ousados, demandavam soluções imediatas que nem sempre a formação clássica, ou acadêmica, dos engenheiros europeus poderia proporcionar. E Niemeyer, preciso, respondia:
– Nessas ocasiões, chamo os engenheiros brasileiros.

Fonte: Padrão


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