Engenheiros

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O desmonte de equipes, particularmente na área da engenharia, tem sido motivado pela descontinuidade de programas de obras, carência de investimentos públicos na infra-estrutura, automação aplicada sem levar-se em conta a inteligência que deve predominar nos processos para explorar as possibilidades das novas tecnologias, sobrecarga intolerável de serviços e outros fatores vinculados à macroeconomia. O tema do desmanche voltou a ser enfocado na recente mesa-redonda organizada por diversas entidades setoriais para debater “O momento atual da engenharia brasileira” – tema provocado pelo desastre ocorrido dia 12 de janeiro último nas obras da Estação Pinheiros do metrô-sp e que, curiosamente, nem sequer chegou a ser mencionado no curso das seis horas ininterruptas de palestras. O fato foi considerado um milagre do pragmatismo responsável. Como resultado do esfacelamento profissional, muitos engenheiros têm migrado para outras áreas de atuação; alguns porque não conseguiram se ajustar nas empresas em que tradicionalmente trabalharam; outros, por conta do estresse ocasionado pelo excesso de tarefas, e outros porque viram, na multiplicidade de atividades, uma forma de sobrevivência. Recentemente, o engenheiro José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) disse que, hoje, o profissional dessa área tem de tocar, às vezes, mais do que sete instrumentos: além de engenheiro tem de ser economista, analista de mercado de ações, expert em marketing e por aí em diante. A revista O Empreiteiro procurou mostrar, na prática, os possíveis desvios de função do engenheiro e observou que a realidade á mais forte do que a ficção. Alguns profissionais, aqui mencionados apenas pelo apelido ou nomes fictícios, relatam um pouco de suas histórias.
Fonte: Estadão


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