Estudantes brasileiros de graduação, vinculados ao programa Ciência sem Fronteiras, vão poder fazer estágios nos centros de pesquisa da empresa sul-coreana Hyundai, nos Estados Unidos e em países da Europa e da Ásia. Nesta quinta-feira, 3, em Brasília, foi firmado o Memorando de Entendimento em Ensino Superior, Ciência e Pesquisa entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a montadora.
Pelo memorando, a empresa asiática, que na solenidade de assinatura foi representada por Chang-Kyun Han, presidente da Hyundai Motor Brasil, financiará até US$ 500 mil [R$ 957,15, em valores desta quinta-feira] por ano em bolsas de estudos e na manutenção dos estagiários.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o acordo permitirá ao Brasil avançar na formação de profissionais nas áreas tecnológica e de inovação da cadeia da indústria automobilística. “Com o acordo, vamos poder gerar mais investimentos, aqui, em engenharia, pesquisa, desenvolvimento e inovação e tornar o Brasil uma referência em tecnologia e ciência nessa área”, disse.
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, é importante que os estudantes brasileiros interajam com empresas inovadoras, como a Hyundai. “A Capes e o CNPq estão fazendo um esforço para que nossos estudantes tenham treinamento nas melhores empresas”, disse Raupp.
A Coreia do Sul é um dos países com oferta de vagas abertas no programa Ciência sem Fronteiras. Cerca de 200 candidatos inscreveram-se para bolsas em áreas como engenharia, tecnologia aeroespacial, computação, farmacologia e prevenção de desastres naturais entre outras. As graduações são na modalidade sanduíche e as aulas serão em inglês.
Impulso
De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o memorando de entendimento resulta de ações que MEC e MCTI vêm realizando para fortalecer a parceria com a Coreia do Sul. “O Ciência sem Fronteiras terá desdobramentos para impulsionar nossa indústria, nossa competitividade e o avanço científico e tecnológico que resultará disso”, disse.
O Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
O programa estabelece a oferta de até 75 mil bolsas em quatro anos. Estudantes de graduação e pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil.
Fonte: Padrão