Firjan acredita na coesão política

Compartilhe esse conteúdo

Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, da Firjan

 

Não haverá paralisação do fluxo de investimentos federais, municipais ou estaduais para a continuidade das obras que estão transformando a cidade do Rio e assegurando o crescimento em todas as regiões do Estado. Esta é a convicção de Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

 

Instado pela revista O Empreiteiro a se manifestar sobre aquela possibilidade, considerando que este é um ano de eleições e que, por causa delas, todas as coesões políticas eventualmente podem ficar instáveis, ele disse que exatamente por esse motivo, pela força das perspectivas da política, acredita que a cidade — e o conjunto dos municípios fluminenses — continuarão crescendo.

 

“Vamos eleger presidente e governador e, naturalmente, o alinhamento entre estas duas esferas de governo, e a administração municipal, dependerá desse exercício democrático. Mesmo assim, acredito que teremos o nosso crescimento assegurado”, diz ele.

 

Eduardo Eugenio afirma que terão prosseguimento tranquilo todas as obras atualmente em andamento na cidade e no Estado. Dentre elas destaca, como as mais significativas, o Porto Maravilha, a implantação dos BRTs e a expansão do metrô, com a Linha 4. O Porto Maravilha, em seu entendimento, vai alterar radicalmente o perfil da zona portuária da cidade, transformando-a em centro comercial, cultural e residencial.

 

“E, quando enfocamos as obras aqui mencionadas, estamos falando da maior PPP em curso no País – algo da ordem de R$ 8 bilhões. Com as mudanças que ela está possibilitando, a zona portuária voltará a reconquistar o seu perfil misto de área de negócios e moradia, ao mesmo tempo em que tornará a região um importante centro cultural e de lazer, conectado à Lapa. Já as obras de mobilidade serão fundamentais para tornar viável a expansão populacional, em particular para as zonas Norte e Oeste, o que reforçará a possibilidade do surgimento de novas identidades urbanas”.

 

O presidente da Firjan, embora não faça comparações entre personalidades — no caso entre o prefeito Pereira Passos, no começo do século passado, e Eduardo Paes, hoje, não deixa de salientar o seguinte: “Posso dizer que, assim como a administração Pereira Passos promoveu profundas intervenções urbanísticas no Rio daquela época, hoje ele vive um novo processo de revitalização e de transformação, o que é uma garantia para o melhor futuro da cidade e de sua população”.

 

Dentre as obras que ele aponta como significativas para o crescimento do interior fluminense, afirma: “Quero destacar a importância do Arco Metropolitano. Mas temos de evidenciar também o polo automotivo no Sul Fluminense, o Porto do Açu e o Comperj.”

 

Ele acredita que diversas empresas devem procurar o Rio de Janeiro, atraídas pelo Arco, na expectativa de ficarem próximas do forte mercado consumidor local. E, ali, estarão também perto dos maiores centros consumidores de São Paulo e de Minas Gerais.

 

“No Sul Fluminense”, informa ele, “as montadoras já começaram um forte movimento de atração de fornecedores nos seus arredores e isto será intensificado nos próximos anos. O Porto do Açu, por sua vez, entrará em operação em 2014 e será uma importante base de apoio à exploração de petróleo. Haja vista a implantação de diversas empresas do setor no complexo industrial ao redor do porto. Por fim, o Comperj será um importante indutor na atração de prestadores de serviços ligados ao refino, com potencial para atrair empresas de materiais plásticos caso se concretize a parte petroquímica do projeto. Isso é o que tenho a dizer à revista O Empreiteiro”. (Nildo Carlos Oliveira)

 

Soluções estruturais

A unidade de negócio Açotec Sistemas Estruturais da Medabil desenvolveu no Rio de Janeiro o Arco Metropolitano. O trabalho envolveu a execução de viadutos com estruturas de aço com vãos de até 90 m, compostos por treliças longitudinais com banzo superior em arco e banzo inferior horizontal funcionando como tabuleiro.

 

 

Para os banzos superior e inferior das treliças foram utilizadas vigas caixão retangulares com seção transversal máxima de 100 x 150 cm, e nas diagonais foram utilizados tubos circulares com diâmetro de 600 mm.

 

Para garantir a estabilidade do banzo superior das treliças foram utilizados tubos quadrados de 800 mm conectando os banzos superiores das duas treliças.

 

O tabuleiro destes viadutos é constituído por transversinas e longarinas metálicas compostas por perfis I soldados e laminados, que suportam um sistema de laje composto por placas pré-moldadas com espessura de 7,5 cm mais uma camada de concreto executado in loco totalizando uma espessura total de 20 cm. 

 

As transversinas e longarinas foram dimensionadas como vigas mistas utilizando parte da laje de concreto como elemento adicional de resistência. A conexão entre os elementos é garantida através da utilização de conectores tipo stud bolts. Também foi prevista a execução de um sistema de contraventamento horizontal no tabuleiro para garantir o correto alinhamento das treliças durante a fase de montagem.

 

As estruturas metálicas foram executadas com aço patinável (ASTM A 588 para perfis I laminados) e USI SAC 350 para perfis soldados. Para garantir maior proteção contra a corrosão foi utilizado um sistema de pintura sobre o aço patinável composto por fundo epóxi de alta espessura e tinta de acabamento poliuretânica. A espessura final da pintura totalizou 360 micrômetros de camada seca.

 

Os arcos foram montados utilizando técnicas de içamento e empurramento, sendo que para as vigas montadas pelo processo de içamento foram usados guindastes com
capacidades máximas de 600 t. Todo o processo de montagem foi concluído em um período de 10 meses.

Fonte: Revista O Empreiteiro


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário