*Iria Lícia Oliva Doniak
A industrialização é, sem dúvida, o caminho para o desenvolvimento sustentável da construção civil. Em tempos de grandes demandas, somos desafiados a aumentar a produtividade e atender a cronogramas ousados.
Nos tempos atuais, cercados pela instabilidade econômica, tendo um cenário de incertezas e corrupção, precisamos prosseguir desbravando e conquistando com o que sempre soubemos fazer bem: trabalhar.
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Recentemente, participando de um encontro, na Europa, com empresários do setor da pré-fabricação de diversas partes do mundo, ouvi muitos testemunhos e a inovação foi o tema comum dos sobreviventes da crise internacional. Sem dúvida, a inovação e o desenvolvimento tecnológico nos fazem repensar os processos e utilizar os recursos de forma racional, nos conduzindo inevitavelmente a uma maior competitividade.
A industrialização se constitui no grau mais elevado da racionalização. Neste contexto, as estruturas pré-fabricadas de concreto têm contribuído há mais de 50 anos para a construção do nosso País. Das primeiras obras, como o campus da UNB, em Brasília, que tiveram como supervisores da produção dos elementos pré-moldados os ícones da arquitetura Oscar Niemeyer e Lelé, no final dos anos 50, ao atual protagonismo nos eventos esportivos: Copa e Olimpíada, presença expressiva na construção dos aeroportos e obras de infraestrutura, passando por tempos em que éramos reconhecidos apenas por atuar em obras industriais e varejo, ganhamos as alturas em obras de múltiplos pavimentos e nos fizemos presentes em programas habitacionais e no mercado imobiliário.
Durante esta trajetória, e em tempos mais difíceis do que vivenciamos atualmente, construímos a ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), enquanto trabalhávamos no ambiente institucional em temas como normalização, padronização, qualificação de pessoas, certificação, entre tantas outras atividades, nossos associados investiram no parque fabril, e isto nos possibilitou, no momento certo, ampliar fronteiras e conquistar novos mercados.
Embora ainda existam muitas dificuldades, como atuar sem que haja políticas voltadas à industrialização e que, ao contrário, incentivam um sistema tributário que penaliza a indústria, seguimos mantendo nosso foco, na certeza de que não possuíamos um produto, mas sim soluções em engenharia estrutural, fachadas e fundações. Sabemos, até pelas previsões menos pessimistas, que, na melhor das hipóteses, adotadas rapidamente pelos dirigentes de nosso País, as medidas de contingência que podem conter a crise, o cenário apresentará sinais de melhora no segundo semestre de 2016.
Uma coisa, no entanto, é certa, representamos um setor produtivo e precisamos, junto com entidades que congregam outros elos desta cadeia produtiva, somar esforços e vencer mais uma vez. É tempo de fortalecer as entidades e seguir trabalhando, como chegamos até aqui.
Mãos à obra!
*Iria Lícia Oliva Doniak é presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic)
Fonte: Redação OE