O crescimento de 77% na América Latina registrado pelo grupo francês Haulotte, em 2011, é o mais alto por região do mundo da empresa. Mas foi graças ao Brasil que esse expressivo resultado foi possível.
Em 2011, a subsidiária brasileira vendeu 700 plataformas elevatórias de pessoal e de carga, o dobro em relação a 2010. Com esse desempenho crescente, a empresa pretende ampliar a participação no market share do Brasil, que gira em torno de 20% – além de plataformas, a empresa vende manipuladores telescópicos ao mercado brasileiro.
O faturamento do ano passado chegou a cerca de R$ 60 milhões, incluindo venda de máquinas e serviços. “Este ano queremos chegar a cerca de € 40 milhões (algo em torno de R$ 100 milhões), com parte expressiva advindas de peças e serviços”, afirma Marcelo Bracco, diretor-geral da Haulotte no Brasil.
A empresa tem feito investimentos em pós-venda, suporte, atendimento e serviços – a empresa não opera no País com distribuidores e representantes. “Queremos mostrar que nossas máquinas são seguras, com sensores de posição, de sobrecarga. Temos alto índice de segurança”, explica.
Recentemente, a empresa brasileira foi certificada pela Federação Internacional de Acessos Aéreos (IPAF), responsável por alterações no design, segurança e procedimentos de testes efetuados em máquinas do segmento. É a primeira vez no Brasil que uma empresa fabricante de equipamentos recebe este reconhecimento. Com esta certificação, a empresa está apta a oferecer cursos de treinamento voltados à segurança de todos que estiverem envolvidos na operação das máquinas.
10 anos
Em 2012, a Haulotte comemora 10 anos de Brasil. No País, ela passou por três fases. A primeira foi quando seus negócios eram feitos por meio de distribuidor local. Alguns anos depois, montou pequena estrutura. Em 2010, inaugurou uma nova sede própria em Barueri, na Grande São Paulo, saindo de um lugar de 500 m² para 5.000 m², com áreas de vendas e administrativo-financeiro, e oficina de checagem de máquinas e revisão – somente a estrutura de reposição de peças tem 2.000 m². “A partir daí a matriz passou a ter muito interesse no País”, explica Marcelo Bracco.
A nova estrutura fez saltar a empresa de nove para 25 profissionais – três no setor de vendas, dois no financeiro e 20 em serviços e peças. Agora, ela está focada na gestão de processos e sistemas, e na capacitação de seu pessoal.
Bracco ressalta que há projetos agressivos da empresa no Brasil este ano, mas descartou a abertura de unidade fabril. “Trata-se de uma iniciativa inovadora e que já desenvolvemos em outros países. O mercado irá se surpreender”, afirma.
Atualmente, a empresa possui uma população de 3 mil máquinas em operação no Brasil. A atuação no País concentra-se em refinarias, estaleiros, indústrias petroquímica e siderúrgica, além de construção civil.
O grupo Haulotte possui ainda subsidiárias na Argentina e México. No restante da América Latina opera por meio de distribuidores autorizados. (Augusto Diniz)
Fonte: Padrão