A Engevix S/A – Estudos e Projetos de Engenharia está há 45 anos no mercado prestando serviços nos setores de siderurgia, energia elétrica, óleo e gás, transportes, saneamento básico e indústrias de base. Desde junho de 1997, a empresa está em mãos da diretoria executiva presidida por Cristiano Kok , com Gerson Mello Almada e José Antunes Sobrinho. De lá até agora, cresceu a taxas médias de 30% ao ano, emprega 4.000 funcionários e teve faturamento superior a R$ 1,4 bilhão em 2009. É a maior empresa de engenharia consultiva do País.
*Cristiano Kok – presidente da Engevix
A empresa se destaca na implantação de projetos na modalidade EPC – Engineering, Procurement and Construction – que reúne atividades de engenharia, compras, construção e montagem de equipamentos para agregar valor aos projetos dos clientes. Está instalada de forma permanente em sete estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Amazonas, Espírito Santo e Distrito Federal), e no exterior em quatro países (México, Peru, Estados Unidos e Angola).
Cristiano Kok lembra do pai Einar Alberto Kok, engenheiro agrônomo e um dos pioneiros da indústria brasileira, de quem recebeu os primeiros valores que nortearam a empresa: “Ele marcou-me por seu caráter, honestidade e defesa da indústria brasileira”. Ele herdou também do exemplo paterno a vontade de atuar em entidades de classe como o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) do qual foi fundador: Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi); Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), entre outras.
Ao assumir a presidência da empresa, para começar a segunda geração de pioneiros, Cristiano tinha 40 anos, dez deles de experiência como diretor da própria Engevix. Enfrentou um período de crise, salvou a empresa que tinha salários em atraso, sindicatos e credores na porta, quando decidiu pelo empreendedorismo junto com os sócios. Ele lembra: “Abrimos mão da retirada de dividendos, que foram reinvestidos no próprio negócio”. E continua: “Começamos como sócios (2,12%) da Usina Hidrelétrica (UHE) Dona Francisca com a Gerdau. Iniciamos a parceria do Ceram onde temos hoje 5% da geração de 360MW. Construímos três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e uma usina de 74 MW. E o pioneirismo estava presente mais uma vez quando a empresa partiu para atuar em empreitadas integrais. Começamos com uma linha de transmissão no Rio Grande do Sul. Seguimos com a implantação de um sistema para a Açominas, enfrentamos a reforma de um alto forno da Acesita e implantamos, em prazo muito reduzido, as UTEs de Camaçari e Termoceará”.
*PCHs de Cacimbas (ES), Moinho e Passos Maia (SC)
Dentro do processo de expansão, a Engevix está no projeto do metrô de Bagdá, na UHE Palmar no Uruguai, e participando de obras na Argentina, Paraguai, Peru, Venezuela, Bolívia, Costa Rica, Panamá, México, Estados Unidos, Nepal, Angola e Tanzânia. Diante de tal crescimento, Cristiano destaca o pioneirismo de algumas participações da Engevix, como a Usina de Tucuruí no Pará. “Lá, estamos há 35 anos, desde a década de 1970, quando fizemos o inventário do rio. Em consórcio com a Themag, desenvolvemos os projetos básicos e executivos, além da supervisão da maior hidrelétrica totalmente brasileira, com mais de 8.000 MW de potência instalada. É uma das mais importantes obras de engenharia hidráulica do mundo e nossas equipes técnicas atuaram em várias frentes, incluídos os desafios ambientais, de logística da Amazônia, do porte da obra e da complexidade que precisaram ser vencidos”, lembra o presidente.
Outra obra pioneira apontada por ele é o reservatório túnel Santos-São Vicente. Com capacidade de 120.000 m3 para estocar água potável, ele contribuiu para a estabilização do abastecimento de água nos dois municípios, como ele conta: “O reservatório em túnel que fica sob o Morro de Santa Terezinha é dotado de duas câmaras de armazenamento que recebe água potável da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Cubatão, através de duas adutoras de aço”.
Cristiano Kok indica ainda outro empreendimento pioneiro: “A unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares (ES). A Engevix venceu a concorrência da Petrobras para a implantação do módulo 2 que processará o gás vindo dos campos “off shore” da bacia do Espírito Santo. Até o fim de 2012, o complexo terá capacidade para processar mais de 15 milhões de m3 de gás natural por dia. Pela eficiência do trabalho, recebemos da Petrobras duas vezes o prêmio de melhor empresa de EPC do ano, conclui ele”.