Com o objetivo de estruturar a malha rodoviária da capital, conectando cinco grandes eixos rodoviários, que interligam o Rio de Janeiro a Vitória, Bahia, Belo Horizonte, São Paulo e Santos, o Arco Metropolitano poderá significar o afloramento de um novo eixo de desenvolvimento econômico para o Estado do Rio de Janeiro, hoje concentrado na região metropolitana.
Ao longo de 145 km, a rodovia terá na ponta sul duas grandes siderúrgicas – Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – e, no lado norte, o Complexo Petroquímico de Itaboraí e o Pólo Gás-Químico de Duque de Caxias. A obra total tem valor estimado em R$ 800 milhões e prazo de construção previsto para dois anos.
Ao longo da rodovia, que cruzará os municípios de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí, vivem 2,2 milhões de pessoas. A facilidade de deslocamento rodoviário e o conseqüente surgimento de novos negócios, da ordem de R$ 30 bilhões nos próximos cinco anos, abrem a expectativa de gerar até 250 mil postos de trabalho, conforme dados do governo do estado.
A nova rodovia também vai representar um alívio para o trânsito da região metropolitana do Rio, principalmente na Avenida Brasil, a principal via da cidade, e na Ponte Rio-Niterói. Atualmente, quem trafega entre o Sul e o Sudeste e Norte e o Nordeste do país precisa passar pelo Rio, o que ajuda a aumentar os engarrafamentos. O Arco Metropolitano deverá diminuir principalmente o tráfego de caminhões pesados.
Trecho
O Arco Metropolitano Rio de Janeiro está dividido em quatro segmentos:
– Segmento A – BR-493 (Rodovia de Contorno da Baía de Guanabara), no qual será duplicada a pista entre a BR-101 (Norte), em Manilha (Itaboraí), e a BR-116 (Norte – Rodovia Rio-Teresópolis), em Santa Guilhermina. Com extensão de 25 km, sob a responsabilidade do governo federal e o DNIT, o projeto da obra está em andamento.
– Segmento B – BR-101 (Sul – Rodovia Rio-Santos), que terá duplicada a pista entre Itacuruçá e a Avenida Brasil e do acesso ao Porto de Itaguaí. Esse trecho terá de 22 km de extensão, tendo o governo dederal e o DNIT como responsáveis. A obra já foi contratada pelo DNIT.
– Segmento C – Trecho Virgem (BR 493 / RJ 109). Terá ligação em pista dupla entre as rodovias BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e a BR-101/SUL (Rod. Rio-Santos), com extensão de 72 km, sob a responsabilidade do governo do estado. O projeto está em andamento, com contratação do governo estadual, por delegação do governo federal.
– Segmento D – BR-116 (Norte) Rodovia Rio – Teresópolis. Trecho entre o entroncamento com a BR-493/RJ, em Santa Guilhermina, e o entroncamento com a BR-040/RJ, em Saracuruna, da rodovia pedagiada e em pista dupla Extensão de 22 km e operação da concessionária CRT.
Funcionalidades do Arco
– Atender ao tráfego de longa distância oriundo das regiões Sul/Sudeste
– em direção às regiões Norte/Nordeste do País.
Conectar as rodovias federais atravessadas, BR-040, BR-116 (Norte e Sul), BR-465 e BR-101 (Norte e Sul).
– Desviar o tráfego de veículos comerciais de longa distância, aliviando os principais corredores metropolitanos, tais como a Avenida Brasil, Ponte
– Rio-Niterói, BR-101 (entre Manilha e Ponte).
– Ampliar a acessibilidade aos Portos de Itaguaí e Rio de Janeiro.
– Viabilizar a implantação de terminais logísticos, com redução dos tempos de viagem e custos de transportes, bem como a distribuição destas cargas para os mercados consumidores.
– Introduzir novos vetores de expansão urbana para os municípios localizados em sua área de influência.
O projeto da Concremat
Para esse empreendimento, a Concremat já realizou o projeto básico e deve concluir o executivo até março de 2009, segundo Gilberto Gonçalves, diretor e líder para a competência projeto da empresa. As obras serão iniciadas no mês de novembro de 2009. “Por enquanto, ainda precisam ser resolvidas algumas dependências de licença ambiental, em relação à liberação de área e à autorização de supressão de vegetação”, informa o representante da Concremat.
De acordo com ele, essa não é uma rodovia que tem as complicações normais de uma obra desse porte. “Com diversos trechos de solo mole e de rochas também, o projeto exigiu um repertório variado de soluções técnicas e construtivas envolvendo elevado número de obras de arte especiais, desde pontes convencionais ou com balanço sucessivo até viadutos e passagens inferiores”, explica.
Os projetos desenvolvidos pela Concremat dizem respeito a um trecho de 72 km, que cortará os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaquaí, com quatro faixas e canteiro central com possibilidade de futuras ampliações.
Fonte: Estadão