Construção civil teve 100% de nacionalização
A realidade dos números se impõe: em capacidade média de geração, Itaipu supera a hidrelétrica de Três Gargantas, na China, embora a capacidade nominal desta seja superior. A construção da usina hidrelétrica de Itaipu, no rio Paraná, com potência instalada de 12.600 MW, e que começou em outubro de 1974, foi a maior façanha até então da engenharia brasileira de barragens — tanto que o consórcio construtor reuniu as maiores empresas do País nesta especialidade, com parceiros do Paraguai.
Antes do início de sua obra, o projeto sofreu duas alterações importantes em relação ao projeto original: a construção de uma ponte no canal de desvio e o uso de cabos aéreos para lançamento de concreto.
A primeira facilitou o fluxo entre as várias frentes de trabalho nas duas margens do rio, porque na concepção inicial a comunicação seria feita apenas pela estrutura do canal de desvio. Já os cabos aéreos substituíram uma ponte metálica sustentada por pilares, que desapareceria conforme a concretagem da barragem avançasse. Mas essa opção resultaria em um atraso de um ano na obra, tempo necessário para construir a ponte, enquanto os cabos aéreos, seriam instalados mais rapidamente e ainda agilizariam o serviço, porque permitiam o transporte das caçambas ao longo de toda a área a ser concretada.
Construir uma usina desse porte foi antes de tudo um desafio de planejamento e logística. Com volumes tão grandes de materiais, nem sempre o mercado existente era capaz de suprir a demanda da usina.
O transporte de peças pesadas, como a roda de turbina pesando 300 t e com quase 9 m de largura, também foi uma façanha para a logística.
A carreta para transportar a peça foi encontrada, mas as rodovias e pontes entre São Paulo e a usina não suportariam um peso tão grande. Depois de muitos estudos, foi definido um traçado mais longo, com cerca de 1.
350 km, porém com condições mais favoráveis.
No pico de construção da barragem o canteiro de obras e os escritórios de apoio no Brasil e Paraguai somavam 40 mil trabalhadores.
O desvio do rio aconteceu em outubro de 1978.
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Para a abertura do canal de desvio foi preciso escavar 22,5 milhões de m³ de rocha e terra, material usado na construção da barragem de enrocamento. O novo caminho tinha 2 km de extensão, 150 m de largura e 90 m de profundidade.
A importância estratégica de Itaipu está ainda no fato de que a construção civil teve 100% de índice de nacionalização. Na área de fabricação e montagem de equipamentos, este índice ficou em cerca de 80%.
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Em 1991, a 18ª e última turbina da hidrelétrica entrou em operação
Fonte: Redação OE